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Futebol

Após 15 dias da briga no Mané, vândalos estão soltos e torcedor segue internado

Arquivo Geral

19/06/2016 22h00

Atualizada 20/06/2016 12h15

Enquanto Flamengo e São Paulo jogavam na tarde deste domingo (19) no Mané Garrincha, a briga entre rubro-negros e palmeirenses no mesmo palco completava 15 dias, com o principal atingido, o torcedor Evandro Gatto, ainda em situação delicada, e os vândalos palmeirenses soltos. Em meio a interdições e liberações, o estádio já recebeu dois jogos sem maiores problemas.

Vindo de Petrópolis para assistir ao jogo entre Flamengo e Palmeiras, Evandro sofreu traumatismo craniano em meio à confusão das duas torcidas no intervalo de jogo, quando palmeirenses tentaram invadir o local ocupado pelos rubro-negros. Desde então, seu estado de saúde é grave.

A reportagem do Jornal de Brasília tentou contato com a família do torcedor, mas eles não atenderam as ligações. Segundo a Secretaria de Saúde, a família pediu que novas informações sobre o estado de Evandro não fossem divulgadas. O último boletim dizia que ele havia conseguido uma vaga na UTI do Hospital de Base e que seguia com o mesmo quadro.

Após a briga, o estádio Mané Garrincha foi interditado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por não reunir condições de segurança. A exceção era a partida entre Fluminense e Corinthians, que estava muito próxima e já tinha ingressos vendidos. O estádio, porém, foi liberado pela CBF após pedido do próprio STJD, que encaminhou um documento sobre as melhorias de segurança, permitindo o jogo entre Flamengo e São Paulo.

Sem punição

Segundo a Polícia Civil, a 5ª Delegacia de Polícia, que cuida do caso do último dia 5, “está investigando a participação individualizada de cada envolvido. O fato ainda está em apuração”. Os 22 torcedores palmeirenses detidos foram conduzidos à delegacia e liberados logo depois. Por ainda estar em investigação, os nomes dos envolvidos permanecem em sigilo. Com isso, o TJDFT informou que seria impossível localizar o andamento dos processos dos acusados.

A única punição a eles, até o momento, foi a expulsão do programa de sócio torcedores do Palmeiras, já que 17 deles eram associados. O clube informou, por meio de nota, que repudiava as ações dessas pessoas e que “continuará a fazer tudo o que for possível para auxiliar as autoridades competentes a punir exemplarmente esses bandidos”. Na mesma nota, eles confirmaram a ajuda ao STJD e ao poder público “para que esses elementos sejam banidos de forma definitiva do nosso futebol”.

Times enquadrados

Na última terça-feira, o STJD julgou os clubes pelas ações de seus torcedores. Flamengo e Palmeiras perderam um mando de campo cada, sendo que o clube paulista terá que jogar com portões fechados, além de terem que pagar multa de R$ 50 mil e R$ 80 mil, respectivamente. Por outro lado, os dois clubes foram absolvidos pelo atraso de 12 minutos no início do segundo tempo, por conta dos sprays de pimenta jogados pela polícia para conter a confusão.

Como o mando de campo oficial do Flamengo é Volta Redonda, a equipe carioca terá que jogar a 100 quilômetros da cidade interiorana do Rio e também de Brasília. A punição será válida provavelmente para o clássico com o Fluminense, no próximo dia 26. Como sua partida poderia ser na Arena Palmeiras, o clube paulista já jogou ontem com portões fechados contra o Santa Cruz.

Segurança reforçada

Para a partida entre Flamengo e São Paulo, a segurança do estádio foi modificada. O efetivo policial foi aumentado para cerca de 600 policiais militares, além de profissionais contratados pelas empresas que promoveram as partidas.

As torcidas organizadas foram separadas com entradas inversas no estacionamento e ficaram em pontos opostos do anel superior. Também foram definidos portões diferentes para a entrada dos torcedores rivais e tapumes foram colocados tanto dentro quanto fora do estádio, para a divisão das duas torcidas. O mesmo esquema foi realizado na partida entre Fluminense e Corinthians, na última quinta-feira, e nenhum problema foi relatado.

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