João Paulo Mariano
Especial para o Jornal de Brasília
Thiago Canabrava tem apenas 16 anos e já praticou inúmeras modalidades esportivas. Ele, porém, encontrou a verdadeira paixão no triatlo – esporte que integra natação, ciclismo e corrida.
Nascido na geração que teve contato com internet e computador desde muito cedo, ele garante que nunca se interessou pelos eletrônicos e gosta mesmo é de ir para a rua treinar. Não é por menos: ele quer continuar avançando e permanecer entre os primeiros. “É muito bom vencer”, diz.
Saiba mais
A primeira vez que Thiago teve contato com uma modalidade esportiva foi a natação, aos cinco anos. Bastante competitivo, ele se encantou pela modalidade até os 12 anos, quando resolveu dar uma parada. Nesse meio tempo, ele afirma que não abandonava as corridas eventuais. Depois, começou a praticar tênis e só parou quando se machucou por volta dos 14 anos.
Em janeiro do ano que vem, o triatleta planeja voltar a Nova Zelândia para mais um tempo de treino intenso. Talvez, o termo certo seja mais intenso, já que em Brasília ele faz atividades todos os dias, inclusive aos sábados e domingos.
As conquistas de Thiago ocorreram dentro e fora de Brasília. No mês de agosto, após uma temporada na Nova Zelândia para aperfeiçoamento, ele participou do Campeonato Sergipano de Triatlo, em Aracaju, e ficou em primeiro lugar na categoria até 19 anos. Uma semana depois, ele conquistou o terceiro lugar no Powerman Brasil Sprint, em Florianópolis, com um tempo de 1h25. No DF, ele conseguiu ficar nos primeiros lugares na Copa Brasília de Triatlo, na categoria de 16 a 19 anos. O atleta também dominou o Circuito Nacional Xterra, etapa Cerrado – Brasília.
Em janeiro deste ano, ele resolveu ir para Auckland, na Nova Zelândia, país que é referência mundial no esporte. Lá, o atleta teve a oportunidade de conviver com o renomado treinador Armando Galarraga e sua esposa, a triatleta profissional, Joanna Lawn. O primeiro contato foi pela internet. Armando passou alguns treinos para Thiago, que cumpriu todos à risca. Assim, foi morar na casa do treinador na Nova Zelândia.
“Lá, aprendi que se eu quisesse resultados, eu precisava treinar com profissionais. Ele (Armando Galarraga) me ensinou a estabelecer uma rotina e eu me conheci melhor”, conta o jovem.
Amor pelo esporte
De acordo com a mãe do rapaz, Patrícia Canabrava, o filho é muito obstinado e nunca precisou se preocupar de pedir para ele fazer algum esporte. Desde pequeno, ele mesmo pedia para ela matriculá-lo. Ela fala com orgulho que levanta às 4h30 da manhã diariamente junto ao filho para ajudá-lo a se preparar para os treinos. O pai de Thiago faleceu quando ele era ainda criança desde então a mãe dá todo o apoio que ele precisa. “O técnico dele (Galarraga) me disse um dia que o Thiago é especial e que um dia ele vai se tornar um campeão”, relata.
Empenhando em evoluir cada vez mais, Thiago decreta: “Eu vivo em função do esporte. É ele que determina minha vida e o que faço”. Quando perguntado sobre o que significa o esporte para ele, o triatleta, que está no segundo ano do Ensino Médio, até admite que pode fazer faculdade algum dia. Ele ainda não sabe o que vai ser, porém “algo que seja voltado para o esporte.”
