A ansiedade pela estréia talvez seja o principal obstáculo para a seleção brasileira na próxima terça-feira, contra a Croácia, em Berlim. Na manhã desta sexta-feira, em entrevista coletiva, alguns jogadores confirmaram aquilo que o técnico Carlos Alberto Parreira dissera no dia anterior para os jornalistas: jogadores e comissão técnica não vêem a hora de a bola rolar na Copa do Mundo.
Um dos mais experientes do grupo e partindo para o seu terceiro Mundial, o lateral Roberto Carlos confirmou o sentimento geral. "Aquele que diz que não sente (ansiedade) mente. Você pode ter 50 anos de futebol, mas quando entra em campo para um jogo de estréia de Copa você sente aquele friozinho na barriga, a responsabilidade de estar aqui e representar um país inteiro. É uma emoção grande", destacou.
"Realmente o primeiro jogo tem um peso maior, porque todos querem que a Copa comece logo. Por isso temos procurado nos descontrair, mas agüentar o Robinho às vezes não é fácil", disse o volante Emerson, enquanto o atacante do Real Madrid passava ao seu lado o provocando em meio a risadas.
O meia Juninho Pernambucano, destaque do time reserva nos treinos da seleção, salientou a dificuldade não apenas da estréia, mas da competição como um todo. "O primeiro jogo sempre é difícil, independentemente do adversário. Mas apesar de o Brasil ser apontado como o grande favorito ao título, eu não concordo com a maioria das pessoas que acham que essa Copa vai ser fácil. Eu vejo esse Mundial como um dos mais difíceis dos últimos tempos e nosso time, claro, é o alvo a ser batido", salientou.
Robinho, primeira opção para mudar o ataque titular formado por Adriano e Ronaldo, não demonstrou preocupação com uma possível estréia em Mundiais já na próxima terça. "Independente de quem jogar o importante é o Brasil vencer. Se eu for chamado para jogar vou buscar fazer o melhor",discursou.
