O Zoológico de Brasília está com inscrições abertas para o Zoo Experiência, visita monitorada que leva o público a áreas normalmente restritas e permite acompanhar de perto os cuidados com os animais. Durante o percurso, os participantes observam e participam da alimentação de algumas espécies, conhecem espaços fechados ao público e aprendem sobre o manejo diário realizado por tratadores.
Ao todo, são 1.040 vagas por temporada, distribuídas em turmas de 10 a 30 pessoas, com monitoria de biólogos e veterinários. A atividade custa R$ 50 por participante e deve ser agendada pelo e-mail atendimento@zoo.df.gov.br. O programa garante gratuidade para 10 grupos escolares da rede pública do DF por ano, mediante agendamento pela escola. As visitas ocorrem às terças e quintas-feiras, às 9h e às 14h.
Além disso, o Zoo Noturno, realizado nos mesmos dias, das 19h às 21h, apresenta os hábitos de espécies noturnas, com orientações para manter silêncio e respeitar o espaço dos animais. O agendamento é obrigatório e dúvidas podem ser tiradas pelo WhatsApp (61) 98199-0271, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h. As vagas para o programa deste ano já foram preenchidas.
Segundo o diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Wallison Couto de Oliveira, as iniciativas cumprem papel essencial na educação ambiental. “Queremos aproximar a população, mostrar o trabalho de bastidores e despertar a consciência ambiental. O aprendizado vai além dos muros da escola. Aqui, os estudantes vivenciam a prática da conservação e entendem por que é fundamental proteger a fauna brasileira”, afirma.
O biólogo David Dantas Martins, um dos guias do programa, destaca que a experiência derruba mitos e mostra a importância de cada animal no equilíbrio da natureza. “Alguns desses animais são exóticos, não fazem parte da nossa fauna. Mas o público consegue chegar perto e compreender que podemos e devemos coexistir com eles. Nós somos importantes para eles e eles são importantes para nós também”, explica.
A veterinária Nina Jannuzzi ressalta o impacto pedagógico. “Muitas crianças saem daqui querendo ser biólogas ou veterinárias. É uma forma de sensibilizar a população, despertar novas gerações e mostrar que cada visitante também pode ser protagonista na defesa da biodiversidade”, afirma.
Participantes reforçam o caráter transformador do projeto. O biólogo Anderson Sena de Brito, que levou suas filhas adolescentes para as visitas, diz: “O passeio desmistifica informações equivocadas e evidencia a seriedade do trabalho realizado com os animais. É uma vivência que transforma o olhar sobre o zoológico”. A artista plástica Cristina Lúcia Fonseca, que levou as filhas gêmeas de 12 anos, acrescenta: “É uma atividade que tira os adolescentes das telas e mostra um mundo vivo que precisa de cuidado. O que mais me marcou foi ver o bem-estar animal tratado como prioridade. Essa visita ajuda a conscientizar os jovens disso”.
com informações da Agência Brasília
