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Toyota pretende importar motores e negocia empregos com sindicato após destruição de fábrica em SP

A unidade que fabrica as motorizações flex da montadora japonesa foi parcialmente destruída pelo vendaval que atingiu boa parte do estado de São Paulo nesta segunda

Redação Jornal de Brasília

26/09/2025 7h39

Foto: Divulgação / Toyota

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Sem prazo para retomar as atividades na fábrica de Porto Feliz (interior de São Paulo), a Toyota vai negociar a manutenção dos empregos com o sindicato local e pretende importar motores para atender as linhas de produção de automóveis, localizadas nas vizinhas Sorocaba e Indaiatuba.

A unidade que fabrica as motorizações flex da montadora japonesa foi parcialmente destruída pelo vendaval que atingiu boa parte do estado de São Paulo nesta segunda (22).

“Em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses e, considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba e Indaiatuba”, diz nota enviada pela fabricante.

A Toyota confirmou também que “iniciou tratativas com os sindicatos em busca de alternativas que visem à manutenção dos empregos dos colaboradores das três unidades produtivas”. As primeiras propostas foram apresentadas nesta quinta-feira (25) e, se aprovadas, serão aplicadas de forma emergencial.

A fábrica de Porto Feliz não produz motores e transmissões para serem estocados, algo previsto no modelo Kanban desenvolvido pela empresa, que é referência na indústria.

O método desenvolvido pela montadora japonesa é baseado na economia de recursos: a produção de veículos é continuamente adequada à demanda, evitando desperdício ou acúmulo de estoque tanto de carros prontos como de seus componentes. A falta de um componente interrompe a fabricação do produto como um todo.

A produção dos modelos Corolla e Corolla Cross também foi afetada pela paralisação. Somados, esses veículos acumulam 69.148 unidades comercializadas entre janeiro e agosto, segundo dados da Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos).

O problema gerou uma crise para a marca, que, até então, vivia um bom momento no Brasil. A fábrica de Indaiatuba estava prestes a ser desativada, sendo substituída por uma nova linha de produção anexa à planta de Sorocaba.

Em março, a montadora anunciou uma rodada de R$ 11 bilhões em investimentos, dedicados à construção dessa nova unidade.

A empresa teve ainda que adiar a apresentação do SUV compacto Yaris Cross, seu principal lançamento em 2025. O carro seria apresentado em eventos marcados para a segunda quinzena de outubro, chegando às lojas em novembro.

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