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Moda

Uma nova era Parisiense

No coração de Paris, uma joia arquitetônica com uma história riquíssima e dimensões majestosas faz seu retorno triunfal

Redação Jornal de Brasília

24/10/2021 9h28

Ao perguntarmos aos parisienses o que existe de novo no cenário do varejo de moda, hotelaria e gastronomia na cidade, a resposta é unânime: a reabertura da Samaritaine. No coração de Paris, uma joia arquitetônica com uma história riquíssima e dimensões majestosas faz seu retorno triunfal.

A Samaritaine é uma das grandes galerias da Cidade Luz, um espaço que nasceu em 1870 da visão empreendedora do casal Ernest e Marie-Louise Cognacq e que conta com localização privilegiada, às margens do Sena e ao lado da Pont-Neuf, a ponte mais antiga da cidade. A vantagem geográfica brilhou nos olhos do casal e trouxe um diferencial imbatível que fez com que a Samaritaine se tornasse rapidamente um must-visit na cidade e ganhasse o coração dos franceses.

O que começou como uma pequena loja no final do século 19 cresceu e tomou forma, inicialmente em um prédio Art Nouveau, projetado com volumes ambiciosos e uma estrutura de metal marcante, adornada pelas formas orgânicas que são características do estilo, obra de Frantz Jourdain que foi inaugurada em 1910.

Logo, o espaço precisou ser ampliado e aí nasce uma das características mais intrigantes da Samaritaine, ao lado do primeiro prédio uma nova estrutura foi erguida em 1928 com projeto de Henri Sauvage, mas, dessa vez, o estilo escolhido foi outro, o Art Déco, visivelmente mais geométrico e alongado do que o anterior.

Juntos, os edifícios se contrastam em perfeita harmonia, fazendo do espaço um destino imerso em uma dimensão artística única que acolhe o maior mural de pintura Art Nouveau do mundo.

A galeria prosperou e viveu anos de glória no século 20. Em 2005 foi fechada e este ano voltou a abrir suas portas, completamente atualizada, respeitando a história, mas pronta para o futuro – uma estratégia certeira do grupo LVMH, um dos maiores conglomerados de luxo do mundo, liderado pelo francês Bernard Arnault. A renovação da Samaritaine levou 16 anos.

Afinal, são 20 mil metros quadrados em um projeto que incluiu a construção do primeiro hotel urbano do luxuoso Cheval Blanc e a instalação de uma nova fachada, na Rua Rivoli, com ondas de vidro que trazem modernidade e fluidez, idealizada pelo celebrado escritório de arquitetura japonês Sanaa.

Além disso, a renovação e a restauração de toda a estrutura Art Deco e Art Nouveau é uma reverência ao estilo francês. A reabertura são recente, do final de junho deste ano, mas as mudanças que a empreitada traz já são palpáveis para a região. Com a Samaritaine, o centro de Paris ganha 3 mil novos empregos e os franceses voltam a circular para almoços e jantares na nova cena gastronômica da região.

O espaço possui sete pisos dedicados a moda, beleza e gastronomia, além de um deles contar com um spa de 400 metros quadrados. São doze restaurantes, com cozinhas que incluem a patisserie francesa, passando por sushi, gastronomia italiana e caviar. É um lugar para turistas, mas também para os franceses que falam com nostalgia de suas memórias no local e agora voltam a frequentar seus espaços. Tudo é banhado pela luz do Sol que entra na galeria pelo imenso teto de vidro e metal e ilumina um novo caminho para a vida em Paris.

Estadão Conteúdo

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