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Moda e Beleza

O que usar na virada de Ano Novo

A equipe de reportagem conversou com algumas pessoas sobre a influência das cores na hora de pensar no visual do Réveillon

Amanda Karolyne

27/12/2025 7h35

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Carolina Carvalho experimenta vestidos para usar na Virada do Ano. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Os rituais de virada de ano são práticas e superstições realizadas para atrair sorte no ciclo que se inicia. Cada um tem o seu, mas algumas tradições se popularizaram, como pular as sete ondas ou comer lentilhas. Há quem acredite, ainda, no significado das cores das roupas usadas no Réveillon, como o amarelo para atrair dinheiro. Com isso em mente, o JBr perguntou aos brasilienses se já prepararam o “look” para as festividades do dia 31 de dezembro e se a escolha foi baseada nessas crenças.

A servidora pública Danielle Cardoso, 42 anos, foi à Feira do Guará, à procura do visual que vai usar no Ano Novo. Ela está decidida a trocar o tradicional branco pelo azul neste Réveillon. Ela procura fugir de algumas cores nessa data tradicionalmente. “Não passo a virada com cor escura de jeito nenhum. Como sou baiana, acredito em um monte de coisas como pular onda, comer ervilha e seguir as tradições”, afirmou. Ela vai embarcar junto com a família para o litoral, onde vai passar a virada do ano, para poder renovar as energias com o pé na areia.

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Danielle Cardoso em busca de um look para o Ano Novo na Feira do Guará. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Para 2026, Danielle deseja mais paz e saúde e se preocupa com o coletivo, em um ano que promete ser intenso. “Saúde e paz são o mais importante. Teremos um ano agitado, com eleições e Copa do Mundo, então precisamos de discernimento para as autoridades e para o Parlamento”, comentou. Danielle estava atrás de mesclar o tradicional branco no azul para garantir a tranquilidade necessária para encarar o próximo ano.

Com um foco mais voltado para as energias que ela já vinha sentindo em 2025, a advogada Carolina Carvalho, de 40 anos, decidiu romper com uma tradição anual para a chegada de 2026. Ela está acostumada a passar a virada sempre de branco ou tons pastéis, mas este ano ela busca o impacto visual do azul royal ou do dourado. Em busca do vestido ideal, ela contou ao JBr que essa mudança de cores foi baseada na astrologia e no momento pessoal de plenitude que viveu. “Sempre passei de branco, mas este ano foi muito bom para mim. Fiz 40 anos, estou me sentindo com muita saúde e vigor. Fui buscar qual seria a cor ideal para o meu signo, Peixes, e encontrei essa questão das cores vibrantes”, revela.

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Carolina Carvalho experimenta vestidos para usar na Virada do Ano. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Carolina vai celebrar o Réveillon no Iate Clube de Brasília e, mesmo que a capital não ofereça as sete ondas para pular, ela não abre mão de certos rituais. “A gente sempre come uva e o caroço da romã. Quero passar o Ano Novo bem energizada, atraindo boas vibrações”, disse. Caso não encontre as cores favoritas, a advogada tem outras cores em mente com a ideia de manter a intensidade que procura: “Se não achar dourado ou azul, pode ser um laranja ou até um vermelhão”, finalizou.

A gerente administrativa Bruna Pessoa, 36 anos, está passando o fim de ano na capital federal, mas mora em São Luís (MA). Ela veio especialmente para passar as festividades com a mãe e as primas que moram no DF. Ela está grávida de sete meses de uma menina e para a virada em casa, prioriza o conforto, mas não abre mão do simbolismo das cores. O plano inicial era usar verde este ano, mas isso mudou após uma pesquisa nas redes sociais. “Eu assisti a alguns vídeos na internet dizendo que essa cor não seria uma boa opção para este ano porque poderia ‘estagnar’. Aí mudei para o branco e o azul”, contou. Bruna considerou que a nova combinação mistura o clássico desejo de paz e a movimentação necessária para o ciclo que se inicia. “Vou de vestidão e sandalinha, uma coisa bem básica, mas com o azul para não ficar estagnada”, reforçou.

Segundo a neuropsicóloga Valeria Gomes, as pessoas buscam esses ritos de passagem e o simbolismo das cores, porque os rituais tendem a ajudar o cérebro a organizar emoções e a dar sentido às transições. “Eles criam sensação de controle, reduzem a ansiedade e fortalecem a esperança para o novo.” Ela apontou que as cores funcionam como símbolos: “Eles ativam memórias, expectativas e significados culturais que nos preparam emocionalmente para recomeçar”, completou.

Mas ela afirmou ainda que existe um limite para a crença nessas práticas. Valéria pontuou que os rituais são saudáveis quando inspiram reflexão e motivação, mas se tornam problemáticos quando substituem decisões concretas, geram culpa ou impedem a pessoa de agir. A especialista ressaltou que o símbolo não pode ocupar o lugar do planejamento e do cuidado com a vida real.

Ela recomendou que as pessoas usem este ritual como um ponto de partida para atitudes positivas. Segundo Valéria, escolher uma cor pode ser um gesto inspirador, desde que venha acompanhado de metas realistas, apoio social e autocuidado. “Independentemente da cor escolhida, divirta-se, e lembre: somos nós que damos cor à vida, não o contrário”, acrescentou.

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