Por Carliane Gomes
redacao@grupojbr.com
No próximo sábado (12), a cidade de Ceilândia recebe uma edição especial do Remoda, festival de moda circular que reúne brechós, marcas autorais, artesanato e gastronomia. Com entrada gratuita e livre para todos os públicos, o evento acontece com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e traz uma programação voltada à moda sustentável, economia criativa e valorização cultural da periferia.
Além da feira, a programação conta com DJs durante todo o dia, workshop de customização, roda de conversa, desfiles e concurso de moda. “O Remoda valoriza a moda na Ceilândia ao dar visibilidade para marcas locais, brechós e artesãos da quebrada. É um espaço de troca, renda e reconhecimento, mostrando a força criativa da nossa moda periférica”, afirma Rafaela Lacerda Fernandes, idealizadora do projeto. De acordo com a produtora do evento, a ideia é provar que a moda feita na Ceilândia tem identidade própria, mostrando que a cidade é referência quando o assunto é economia criativa e cultura.

Criado em 2021, o festival acontece mensalmente e tem como proposta fortalecer a moda sustentável, promovendo o reaproveitamento de peças e a valorização de marcas locais. “Nosso foco é dar uma vida nova ao que já existe. A maioria dos expositores são brechós, mas também temos marcas autorais de slow fashion e artesanatos. Tudo pensado para todos os públicos e bolsos”, explica Rafaela. Com mais de 60 expositores selecionados por meio de curadoria, o evento reúne roupas masculinas, femininas, infantis, unissex e plus size, com valores bastante acessíveis. “Tem para todos os bolsos! Depende do que você está procurando e de quanto quer gastar. Há as famosas caixinhas de promoção que o público ama, a partir de 5 e 10 reais, e o preço vai subindo de acordo com a marca e tipos de peças procuradas”, revelou.

Moda circular
Participando do Festival Remoda desde 2021, a empreendedora Vanessa Amâncio, de Taguatinga, já se prepara para a nona edição do evento. Dona do Vintrô Brechó, ela destaca que a iniciativa tem papel fundamental na valorização da moda circular e na visibilidade dos pequenos empreendedores do Distrito Federal. “Quando criei o brechó, no final de 2017, não tinha muito conhecimento sobre o assunto. Com o tempo, entendi o poder da moda circular. Trabalhar com isso é ir na contramão do consumo impulsivo e focar na conexão que criamos com nossas peças, fazendo com que deixemos de enxergá-las apenas como tendências passageiras. É cuidar do planeta e apoiar os pequenos negócios”, afirma.

Nesta edição, o evento conta com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o que, segundo Vanessa, permite ampliar a estrutura e garantir um impacto ainda maior para a comunidade. “O FAC proporciona a contratação de músicos, modelos e fotógrafos locais. Também fornece um local mais acessível e amplo, como a praça da estação de metrô Ceilândia Centro, atraindo mais pessoas e alavancando as vendas dos expositores”, completa.

Além de roupas do PP ao GG, o Vintrô Brechó vai levar livros, discos de vinil e sapatos. Como de costume, Vanessa prepara caixas promocionais com peças a partir de R$5,00, que costumam atrair um grande público. Os preços chegam a, no máximo, R$130,00. Para ela, o Remoda vai além da comercialização de roupas: é espaço de troca, aprendizado e pertencimento. “A moda periférica vem ganhando cada vez mais espaço por sua originalidade e empoderamento. O reconhecimento é fundamental, pois valoriza a cultura e as histórias de quem está por trás desse movimento. É uma ótima ferramenta para que os jovens da comunidade possam se expressar e até mesmo gerar renda.
Serviço
Festival de Moda Circular
Dia: 12 de julho (sábado)
Horário: das 11h às 18h
Praça da Estação de Metrô Ceilândia Centro (bem em frente ao metrô!)