O ambiente mescla espécies nativas e exóticas em uma composição que convida à contemplação. Entre os exemplares brasileiros, aparecem o ipê-rosa, a noranteia, o pau-mulato e a embaúba, que se unem à oliveira — símbolo de resiliência e esperança — trazendo também um sentido espiritual ao espaço.
Inspirado no tema da mostra, Semear Sonhos, o projeto aposta em uma vegetação densa, mobiliário de madeira, piso em pedra natural, fonte esculpida e um ninho em bambu, elemento central da proposta. É dentro dele que o visitante é chamado a viver a experiência da pausa: silenciar, repousar e se reconectar com o essencial.
Mais do que um jardim contemplativo, o Espaço Pousar carrega também um gesto social. Em parceria com o AME Pequeninos, cada visitante receberá sementes identificadas com os nomes das crianças atendidas pelo programa, ampliando o sentido de semear — cada nome representando uma esperança que floresce.
Palavras gravadas no piso funcionam como lembretes poéticos, enquanto a iluminação suave e a música instrumental transformam a visita em um percurso sensorial. O espaço reafirma a natureza como protagonista e lembra que até o tempo de pousio — quando tudo parece quieto — faz parte do ciclo da vida.
Com mais de 15 anos de trajetória e em sua 11ª participação na mostra, Marina Pimentel reforça sua assinatura: criar ambientes que acolhem e emocionam, unindo sofisticação e poesia. Em 2025, sua proposta revela uma tendência que ganha força: a valorização do tempo de pausa como parte essencial do habitar — espaços para contemplar, escutar, sentir e cuidar.
