Foi a situação de Rogério Clemente, de Belo Horizonte, que compareceu ao duelo com o filho Pedro, de oito anos, e a esposa Rosa Maria apenas para ver Guga em ação. “Foi emocionante estar aqui e vê-lo de tão perto. A gente acostuma a assistir na televisão, mas aqui é diferente. Pena que a gente não ganhou, mas deu pra ver que ele está bem. Tomara que volte com tudo”, contou Clemente.
Quem dividiu o sentimento da família foi Carlos Brochi, também da capital mineira. Ele gostou da atuação do ex-número um do mundo e se mostrou revoltado com alguns xingamentos contra. “Teve torcedor que falou mal dele, é incrível. O Guga não jogava há muito tempo e é um ídolo. Temos que apoiá-lo e aceitar tudo o que ele decidir fazer daqui para frente. E ele jogou muito bem, os suecos que são feras”, disse.
Apesar de mais experiente em jogos de tênis – já havia visto outro confronto de Davis, em 2000, contra a França em Florianópolis -, Brochi voltou a ficar impressionado com o apoio da torcida. “É muito legal mesmo. Tinha gente com batuque, com corneta e isso deve motivar muito o jogador lá dentro”, afirmou o torcedor.
Aliás, esta “atuação” foi elogiada pelos jogadores brasileiros e gerou até polêmica entre o árbitro geral da Federação Internacional de Tênis, o alemão Soeren Frimel, e o capitão Fernando Meligeni, que recebeu a indicação para acalmar a torcida. Meligeni se indignou, reclamou, mas teve de cumprir a determinação.
Galo marca presença e gera protesto
A torcida também proporcionou outros momentos curiosos na partida de duplas entre Brasil e Suécia. Em certo momento, um grande galo, símbolo do Atlético Mineiro, entrou para animar o público. Mesmo enquanto o jogo corria solto, torcedores do Cruzeiro, indignados, começaram uma enorme vaia.
O fato deixou Meligeni irritado. “Isso é tênis, não é futebol”, reclamou o capitão. A segurança, orientada pela assessoria da Confederação Brasileira de Tênis, exigiu a retirada do mascote. Mais tarde, ele voltou à cena ao entrar na sala de entrevista coletiva para presentear o “atleticano” André Sá com uma placa e uma camisa do time.