O suíço Roger Federer é mesmo uma máquina de quebrar recordes. Sem adversários à altura no circuito, o melhor jogador do mundo nos últimos anos aproveitou o título deste domingo, no Masters Series de Madri, para escrever seu nome em outras três marcas importantes da história.
Com a conquista, Federer se tornou o primeiro tenista da história do tênis profissional a vencer dez ou mais títulos em três temporadas consecutivas. Ele havia superado o difícil número em 2004 (11), 2005 (11) e agora em 2006 já soma dez. Em todas as ocasiões encerrou o ano como líder do ranking.
O norte-americano Jimmy Connors foi quem chegou mais perto da marca, mas ficou a um título em sua terceira “tentativa”: venceu 11 em 74 e 75 e nove em 76. No entanto, Connors ainda detém o recorde de temporadas com mais de dez títulos: quatro (além de 74 e 75, em 76 e 78), junto de Ivan Lendl (81, 82, 85 e 89).
Federer conquistou em Madri seu 43º troféu da carreira e se aproximou de vez do top dez entre os maiores vencedores. Ele está a apenas um do austríaco Thomas Muster, com 44, e a quatro do australiano Rod Laver, o décimo com 47. Com o novo triunfo, bateu marcas em pontos no ranking e em prêmios arrecadado num ano.
O líder incontestável do ranking ganhou 500 pontos neste domingo e chegou a 7.870, número histórico. O anterior pertencia a ele mesmo, com 7.760, obtido após o título no Masters Series de Toronto, em agosto. Segundo colocado, o espanhol Rafael Nadal tem 4.270, diferença de 3.600 pontos, mais que três títulos de Grand Slam e um de Masters Series.
Na Corrida dos Campeões, também melhorou seu recorde. Com os 100 obtidos, foi a 1.474, desconsiderando o fato de que ainda joga dois grandes torneios neste ano, como o Masters Series de Paris e o Masters de Xangai. Outra comparação na Corrida se remete ao ano de sua criação, em 2000, quando Gustavo Kuerten venceu com 839 pontos.
Em prêmios, Federer foi a aproximadamente US$ 6,7 milhões somente em 2006, após o cheque de mais de US$ 468 mil recebidos neste domingo, e superou o excelente ano de Pete Sampras, em 97, quando o norte-americano embolsou US$ 6.498.311. Esta é a terceira vez seguida que o suíço passa os US$ 6 milhões em prêmios. Sua “fortuna” total já está próxima dos US$ 27 milhões.
Antes dos feitos deste domingo, havia chegado a outros em 2006, como o número de finais e semifinais seguidas em Grand Slam, com seis (uma a menos que o recorde) e dez (não perde antes da penúltima fase desde Roland Garros em 2004), respectivamente. Foi também o primeiro a vencer três vezes seguidas Wimbledon e o Aberto dos EUA em um mesmo ano.
Com tantas marcas no bolso, Federer admite ter dois grandes objetivos daqui para frente. Um deles é vencer o único Grand Slam que lhe falta, o Aberto da França. Neste ano, parou na final, diante de Nadal. O outro é vencer todos os nove Masters Series. Por enquanto tem títulos em seis e só não triunfou em Paris, Roma e Monte Carlo.