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Gastronomia

Saretta consegue virada heróica e põe Brasil na frente

Arquivo Geral

23/09/2006 0h00

Foi um jogo dramático, típico de Copa Davis. E na quente tarde de sábado, em Belo Horizonte, Flávio Saretta salvou match point no quinto set, conseguiu incrível virada e garantiu vitória sobre Andreas Vinciguerra por 3 sets a 2, com parciais de 6/4, 1/6, 3/6, 6/2 e 7/5, em quatro horas e três minutos. Mais do que o triunfo pessoal, representou o primeiro ponto do Brasil contra a Suécia, no confronto válido pela repescagem da competição.

Com o resultado, o Brasil saiu na frente e agora espera o duelo de logo mais, entre Ricardo Mello e Robin Soderling, número um dos europeus e único tenista ranqueado dentro do top 100 (é o 35º), para continuar com o sonho de voltar à elite da Davis. O Brasil iniciou a derrocada que culminou com a queda à terceira divisão após derrota justamente para a Suécia, na primeira rodada de 2003.

Foi neste duelo justamente que Saretta enfrentou Vinciguerra pela única vez. Ele foi colocado em situação complicada, ainda quando não figurava em seu melhor momento, e perdeu a quinta e decisiva partida, em quadra de carpete coberto, piso em que o brasileiro quase nunca havia atuado anteriormente.

A partida começou em ritmo lento, mas com os dois tenistas confirmando seus games de serviço. Saretta foi o primeiro a dar sinais de dificuldades ao ter trabalho no quinto. Em seguida, porém, conseguiu quatro pontos seguidos após o sueco ter 40/15 e garantiu a quebra. A partir daí, o que se viu foi um show de erros de ambos os jogadores.

Com frente de 3/2, o brasileiro se atrapalhou e permitiu empate. Na seqüência, voltou a quebrar (4/3), mas pela segunda vez não conseguiu confirmar a frente. A vantagem definitiva foi conseguida no nono e décimos games, quando pulou em 5/4 e sacou para fechar o primeiro set em 6/4, para alegria do público que se escondia do forte sol das 13h em Belo Horizonte.

Mas a boa performance do final da parcial não foi repetida em seguida. Saretta caiu muito de produção, enquanto Vinciguerra se mostrou mais sólido e errando menos. O resultado foram as quebras no segundo e quarto e frente de 5/0. O brasileiro “furou o pneu” em seguida, mas já era tarde para iniciar a virada.

A terceira parcial foi parecida, com o sueco mais forte em quadra mesmo sob vaias da torcida e com a irritação por alguns problemas na quadra. O jogo seguiu equilibrado até o 2/2, mas Vinciguerra garantiu a quebra após quatro chances e um game complicado. No final, se saiu novamente melhor no serviço do brasileiro e fechou em 6/3.

A derrota na terceira parcial deixou o público desanimado e provocou uma grande saída de torcedores da quadra central. O movimento inverso parece ter animado Saretta. Logo de cara, ele quebrou o saque do rival e abriu 2/0. Em melhor situação, ainda conseguiu abrir mais, com 5/1, e fechou por 6/2 em 51 minutos.

O quinto set foi o mais emocionante. Vinciguerra pulou em 2/0, mostrando-se estar mais recuperado e pronto para a longa batalha que viria pela frente. Saretta jogou a raquete no chão algumas vezes, mas não se descontrolou. A recuperação – e o empate – veio no sétimo game, com 4/3. Saretta ainda enfrentou o momento mais complicado, um match point no 4/5, mas virou, quebrou o saque e sacou para fechar.

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