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Gastronomia

Saretta confirma fim de parceria com Oncins e nega aposentadoria

Arquivo Geral

05/09/2006 0h00

Diferenças nas prioridades foram os motivos alegados por Flávio Saretta para o encerramento da parceria com o técnico Jaime Oncins. Os dois trabalhavam juntos desde o final do ano passado, mas já há bom tempo divergiam em questões primordiais, como a forma de treinar e de encarar o circuito profissional.

Apesar de já não estarem juntos antes mesmo do Aberto dos EUA, quando Saretta treinou com Fernando Meligeni em São Paulo antes de viajar sozinho, a separação foi confirmada nos últimos dias, quando o tenista voltou de Nova York após o fraco desempenho no Grand Slam. Os dois, então, conversaram e optaram por tomar rumos próprios.

“Acho que estou mais tranqüilo agora sem treinador. Quero viajar um pouco sozinho no momento, sem ter alguém sempre falando o que você tem que fazer”, admitiu Saretta. “Nosso relacionamento terminou de forma amigável, sem problema nenhum. Ele disse que eu tinha razão, que eu deveria aproveitar meu tempo”, completou o jogador.

Oncins confirmou a forma como os dois terminaram, mas não escondeu ponta de decepção com os ideais de seu ex-pupilo. “Foi como ele falou. Ele tinha outras prioridades e outras coisas também que não posso entrar em detalhes. Mas o trabalho estava difícil da forma que ele queria, com menos treinos, menos jogos. Eu queria diferente, o jeito normal. Não funcionou assim”, garantiu.

Mesmo ciente de sua fase ruim no circuito, Saretta, de 26 anos, negou que esteja perto de encerrar a carreira. O ex-número 44 do ranking mundial e hoje o 122º garante que ainda está motivado e que a nova fase vai ser importante para que ele recupere a alegria de jogar tênis.

“Não estou estressado, não quero parar. Estou a fim de buscar o prazer de jogar de novo. Este tempo será bom para eu me conhecer melhor, saber o caminho a seguir”, admitiu o tenista. “Vai ser uma experiência interessante, a melhor opção agora. Mas se vir que preciso de alguém, vou buscar de novo”.

Despreparo no Grand Slam – A fase turbulenta e a conseqüente falta de motivação derrubou Saretta na partida de estréia do Aberto dos EUA, contra o embalado espanhol Tommy Robredo. Mas o início da “derrota” veio muito antes da viagem para os EUA, quando o brasileiro, fora da lista dos que entravam direto no torneio, decidiu não tentar vaga no qualifying.

A idéia foi iniciar a preparação para a Copa Davis, com treinos em quadras de saibro em São Paulo, ao lado de Meligeni. Um dia depois, porém, recebeu a notícia que jogaria o Grand Slam graças à desistência do alemão Nicolas Kiefer. Ele viajou às pressas, treinou em Nova York com Mauro Menezes, mas entrou sem forças na partida contra o quinto do mundo.

“Fui despreparado, sem cabeça. Entrei em cima da hora e graças a Deus o Maurão estava lá para treinar um pouco comigo. E para piorar ainda peguei um cara confiante, um jogo que já seria difícil normalmente. Juntando tudo isso ficou ainda mais duro. Mas acho que foi bom para voltar a sentir o clima do circuito”, admitiu Saretta.

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