Graças ao desempenho surpreendente, o tenista de 22 anos subiu 54 posições no ranking e se aproximou de vez do grupo dos 200 primeiros (é hoje o 210º). O avanço completa seqüência iniciada ainda em 2006, quando deixou a modesta 614ª colocação e chegou à 264ª, graças às conquistas de três Futures em seqüência.
Em Melbourne, Rogerinho tentará o feito de passar o qualifying, mas para isso terá de vencer três jogos contra adversários de ranking provavelmente superior. Por isso mesmo, quer apenas curtir o momento, ganhar experiência de torneios fortes, contra tenistas de nome, e se dedicar ao máximo em sua ascensão.
Vindo de família humilde, Rogerinho começou no tênis pegando bola na academia que o pai dava aulas. Teve de superar início difícil e despontou mesmo após receber apoio de uma academia paulista. Depois de se destacar em 2006 com vitórias inclusive sobre Nicolas Lapentti e Thiago Alves, fez pré-temporada em Camboriú, ao lado de Larri Passos, e aprovou o salto.
“Foi bom pacas ficar essas três semanas lá, com o Larri, o Guga. Quero trabalhar forte agora para continuar nesse ritmo”, disse o tenista, que iniciou o ano com metas ousadas e deu passo importante já na primeira semana. “Quero chegar perto dos 160, 150 no final do ano, quem sabe beliscar o top 100”, completou.
Rogério Silva e os outros brasileiros que participam do qualifying do Aberto da Austrália conhecem nesta quarta-feira os primeiros adversários na disputa. O Brasil ainda não tem nenhum classificado diretamente, já que Thiago Alves ainda precisa de uma desistência de tenista já garantido.
