O challenger de Belém começa nesta segunda-feira com duplo atrativo. Além de levar um forte torneio pela primeira vez à região, a disputa entra prestigiada pela participação de quatro dos seis convocados por Fernando Meligeni para a Copa Davis. Estarão nas quadras de saibro do evento Marcos Daniel, Thiago Alves, Ricardo Mello e André Sá.
Eles se preparam para a repescagem da Davis, entre os dias 22 e 24 de setembro, quando o Brasil enfrenta a Suécia em Belo Horizonte, também no piso lento. Neste sábado, os principais favoritos ao título conheceram seus rivais e apenas Daniel, cabeça-de-chave número um, terá de esperar o qualifying para saber contra quem estréia.
Alves, segundo favorito e brasileiro em melhor fase no circuito, encara o argentino Juan Pablo Brzezicki. Alves estreará já como número dois do país, condição que só será confirmada na próxima segunda-feira, após divulgação do novo ranking da ATP. Mesmo tendo sido o único a chegar à segunda rodada do Aberto dos EUA, foi preterido por Meligeni e vai à Davis apenas para integrar os treinos.
Já Mello, cabeça 4, estréia diante do francês Laurent Recouderc. Sá, por sua vez, terá pela frente o argentino Damian Patriarca. Os dois tentam manter os bons desempenhos em torneios no país. Mello foi campeão do challenger de Campos do Jordão, enquanto o mineiro ficou com o vice em Belo Horizonte.
Cañas está de volta
Outro destaque do torneio é a presença do argentino Guillermo Cañas. Afastado do circuito desde junho de 2005, acusado de uso de doping por HCT, ele volta a atuar em Belém e estréia contra o venezuelano Jonathan Medina Alvarez. “Estamos aqui, começando de novo, mais uma vez,” disse Cañas, pego no doping pela segunda vez.
Oitavo colocado no ranking mundial no ano passado, Cañas, de 28 anos, foi suspenso, mas apelou e acabou foi inocentado, tendo pena reduzida. “Quero manter a motivação para voltar ao grupo dos dez melhores. Eu sei que posso e quer mostrar isso a mim mesmo”, disse o tenista, que garante ainda estar em boa forma física. “Posso jogar mais uns quatro ou cinco anos”, admitiu.
