A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) anunciou nesta segunda-feira a nova comissão técnica para a equipe da Copa Davis. Ao invés de escolher apenas um nome, a novidade desta vez foi a definição de grupo com três, encabeçado pelo ex-profissional Francisco Costa. Ele terá as companhias de João Zwetsch e Thomaz Koch na missão de recolocar o país na elite do tênis mundial.
Os três chegam para suprir a falta de um comandante, já que Fernando Meligeni havia deixado o cargo em dezembro, citando insatisfação com a falta de planejamento da entidade. Fininho pediu demissão após levar o Brasil da terceira divisão para a repescagem do Grupo Mundial, perdendo chance de retornar à elite na derrota para a Suécia, em Belo Horizonte, em setembro.
Para este “problema”, a entidade respondeu com projeto “descentralizador”, segundo informou o presidente Jorge Lacerda Rosa, e prometeu ser mais atuante nesta que considera uma fase de renovação do tênis brasileiro. “Daqui para frente, a CBT vai adotar uma nova postura, uma nova mentalidade, que é o mais difícil de mudar”, disse Rosa, em Florianópolis.
“Sempre tivemos um nome à frente da equipe da Davis e agora teremos uma comissão. Vamos descentralizar o trabalho e atuar com vários técnicos pelo Brasil. Vamos fazer da Davis um grande evento, não de tamanho, mas de congregação de juvenis, profissionais e técnicos e iniciar um processo de renovação”, completou.
A idéia é que a comissão acompanhe de perto a evolução dos tenistas em todos os níveis, como destacou o novo capitão. “Sempre se trabalha para que o Brasil esteja no grupo mundial da Copa Davis, mas também precisamos pensar em renovação, principalmente enquanto temos profissionais capazes de fazer essa transição”, explicou.
Costa chega ao comando da Davis sem nunca ter exercido o cargo de treinador. Ele encerrou sua longa carreira em 2005 sem grandes conquistas e com o 140º posto como seu melhor ranking. Na competição entre países, disputou apenas um confronto, em 2000, com triunfo sobre Arnaud Clement na vitória por 4 x 1 sobre a França, em Florianópolis.
Já Zwetsch tem mais experiência e foi treinador de Flávio Saretta e Ricardo Mello, dois dos melhores tenistas do país. Ele apareceu como nome forte para substituir Meligeni, mas terá função “menor”. Koch também estará presente o tempo todo e terá a incumbência de ser a ligação entre CBT e os jogadores.
Convocação
Sobre a escolha dos jogadores para o próximo confronto, Costa não quis se adiantar. “Os jogadores serão os melhores do Brasil sob diversos critérios, como ranking, piso, momento que atravessa. O Guga, se estiver jogando bem, tem lugar em qualquer time do mundo, mas também vamos reunir juvenis e outros jogadores para participar do processo”, finalizou.
Depois de voltar à segunda divisão da Davis, o Brasil enfrenta, entre 6 e 8 de abril, o vencedor de Canadá ou Colômbia, em Florianópolis, muito provavelmente em quadras de saibro. Canadá e Colômbia se enfrenta neste final de semana, na América do Norte, em piso rápido.
< !-- /hotwords -- >
