Exatamente como fez em Wimbledon, o espanhol Rafael Nadal chega ao Aberto dos EUA, último Grand Slam da temporada, com a tática da modéstia preparada. Garantindo estar focado “jogo a jogo”, o número dois do mundo só tem uma certeza: para tentar repetir o feito do torneio britânico, precisa treinar forte e esquecer apostas e previsões de especialistas fora das quadras.
Nesta sexta-feira, ele deu uma prova deste plano ao “pegar pesado” na preparação para o evento, que começa já nesta segunda-feira. “Estou bem fisicamente, trabalhando muitíssimo”, garantiu o jovem de 20 anos. “Ontem (sexta) treinei por cerca de quatro horas para ter certeza que chegarei no meu melhor”, completou.
Nadal chegou cedo a Nova York e até teve tempo para ir a New Haven para rever amigos e evitar a solidão da metrópole. Na última quinta-feira, deu uma parada nos treinos e participou de evento promocional ao lado de Roger Federer, número um do mundo e seu grande rival na temporada, nas ruas de Nova York.
Assim que apareceram juntos, Nadal não conseguiu fugir das perguntas sobre a possibilidade de outra final entre líder e vice-líder do ranking, o que aconteceu em Roland Garros e Wimbledon, com uma vitória para cada lado. Mas o tenista se esquivou e voltou a admitir que não pensa no futuro.
“Só penso no meu próximo jogo. Para mim, é o mais importante porque inicia a disputa e, por isso, preciso me concentrar ao máximo”, garantiu o bicampeão do Aberto francês. Ele pega na primeira rodada o perigoso e inconstante Mark Philippoussis, duas vezes vice-campeão do Grand Slam norte-americano, mas que vem em baixa e ocupa a modesta 113ª colocação.