Até o terceiro game do segundo set da última partida de quartas de final do Masters 1000 de Xangai, tudo indicava que uma zebra chamada Ivan Ljubicic passearia em quadra contra Rafael Nadal. Quando já tinha perdido o primeiro set por 6/3 e sacava em 0-40 no segundo, porém, o espanhol reagiu, empatou a partida com um outro 6/3 e se beneficiou de uma desistência do croata para avançar às semis.
Classificado, Nadal precisa confirmar o favoritismo sobre o compatriota Feliciano López para quebrar um incômodo jejum. Desde que se recuperou de uma tendinite em ambos os joelhos e retornou às quadras, em agosto passado, disputou quatro torneios e chegou sempre ao menos às quartas, mas não atingiu uma decisão – assim, está longe de competir por um título há cinco meses.
Para poder pensar novamente em uma final, o maiorquino precisou suar bastante para superar Ljubicic. Muito inspirado, o croata encaixou seis aces somente no primeiro set e brilhou com o golpe de esquerda até o começo da segunda parcial – quando o placar apontava igualdade por 1/1, ele desperdiçou quatro break points, sendo três seguidos, em lances que deram muito moral a Nadal.
Animado, o espanhol começou a vibrar em muitos pontos ganhos e enfim conseguiu se impor sobre o croata, que já havia perdido quatro dos cinco confrontos anteriores. Antes de faturar a segunda parcial, o espanhol ainda teve de aplicar um ace para salvar uma chance de quebra do balcânico.
Naquele momento, porém, Ljubicic já jogava suas últimas fichas em quadra. Durante o game anterior, ele sentira uma fisgada na coxa esquerda e nem o atendimento do fisioterapeuta conseguiu fazê-lo retornar à ação 100% fisicamente. Assim, o tenista de 30 anos, número três do mundo em 2006, abandonou a partida sem nem sequer disputar o primeiro ponto do terceiro set.
Após eliminar o 37º colocado do ranking de entradas, Nadal enfrentará um adversário também de posicionamento mais modesto na semifinal. Trata-se de Feliciano López, dono do 41º posto, que surpreendeu o futuro top 10 Robin Soderling nesta sexta-feira. O histórico do confronto entre os companheiros de Copa Davis aponta vantagem de 4 a 1 para o espanhol mais famoso, que foi batido pelo conterrâneo apenas em 2003, quando tinha apenas 17 anos de idade.