Segundo o presidente Jorge Lacerda da Rosa, a verba servirá para a entidade quitar “despesas operacionais da Copa Davis”, como “alimentação, transporte aéreo e terrestre, juízes e staff”. Por outro lado, o presidente lamenta o emprego do dinheiro, alegando que poderia ser usado no “desenvolvimento de outros projetos do tênis nacional”.
Ainda no comunicado, a CBT afirma que não desistiu de receber o dinheiro que lhe falta do confronto entre Brasil e Suécia, realizado em Belo Horizonte, em setembro. A entidade acusa o Governo de Minas Gerais de dever cerca de R$ 600 mil e promete investida na Justiça.
“(A liberação da verba do COB) Não exime o governo mineiro do pagamento de seus compromissos junto à CBT. Desta forma, como presidente da entidade máxima do tênis brasileiro, tomarei as medidas jurídicas cabíveis para ressarcir a Confederação Brasileira de Tênis pelos danos causados, pois seria muita irresponsabilidade não buscar os direitos, contra quem quer que seja”, anuncia o comunicado.
A atitude, aliás, foi a mesma manifestada pelo Governo de Minas Gerais na última quarta-feira, quando admitiu não ter responsabilidade no pagamento das cotas, já que elas teriam de ser acertadas entre CBT e patrocinadores. Em comunicado, disse que adotaria “medidas jurídicas em relação às declarações feitas pelo presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa.”
Para insistir nas acusações, a CBT indicou que o contrato firmado faria com que o Minas teria de “fornecer o local – toda a estrutura da Expominas – e apenas ter o direito de sediar o evento. Todos os outros produtos tinham preço e estavam à venda”. Assim, garante que outras verbas conseguidas em patrocínio, como os R$ 98 mil da Anglo Gold e do Sebrae, seriam de total uso da CBT.
Durante a coletiva na última quarta-feira, Jorge Lacerda da Rosa apontou que espera nesta segunda-feira receber dinheiro do Banco do Brasil referente a cotas de patrocínio. Segundo ele, o valor chegaria a R$ 305 mil e serviria para amenizar as perdas com a organização do evento.
