Meligeni promete irreverência em torneio de tenistas aposentados

Marcado pela descontração enquanto atuou no circuito profissional, o brasileiro Fernando Meligeni avisou aos fãs que assistirão ao Grand Champions Brasil a partir desta quinta-feira que a irreverência será a sua marca registrada ao longo da competição no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Fininho, no entanto, assegurou que também não deixará de lado a vontade de faturar o título em casa.

“Este é um evento em que todo mundo entra um pouco mais relaxado, mas também querendo ganhar”, adiantou Meligeni. “Nenhum atleta acorda querendo perder, mas ao mesmo tempo todos têm a liberdade para fazer um pouco mais de graça e de bagunça”, completou.

Embora garanta seriedade, o brasileiro não esconde a ansiedade de brincar em sua estréia contra o sueco Mats Wilander, seu primeiro rival na competição. “É basicamente isso que eu digo a quem vai ver: não esperem um Meligeni muito sério. Vou tentar me controlar bastante, mas curtindo os jogos na medida do possível”, avisou.

Finalista da única competição master de que participou, na cidade portuguesa de Algarve em agosto deste ano, Meligeni terá que suar para conseguir a classificação para a final em São Paulo. O brasileiro está na chave mais difícil, que conta com o argentino Guillermo Villas e o sueco Bjorn Borg, além de Wilander. Embora mais novo do que os rivais de grupo, o ex-tenista garante sua a juventude não será o diferencial em quadra.

“Em Portugal, perdi um jogo para o (equatoriano) Andrés (Gómez, de 47 anos), contra o (austríaco Thomas) Muster (de 40) foi uma partida duríssima… você olha para eles e pensa que vai ser fácil por enfrentar um cara 15 anos mais velho. Talvez eles não tenham a minha velocidade, mas têm uma pontaria que eu nunca tive e acaba nivelando. Se fossem cinco sets eles seriam prejudicados, mas vai jogar contra eles para você ver… ”, analisou, antes de comemorar a chance de enfrentar mitos do tênis.

“Este campeonato é uma grande oportunidade para todos nós que já paramos de jogar. Para mim é um grande prazer poder jogar com as feras que estão no meu grupo e no campeonato. Ter a oportunidade de em uma semana jogar contra Borg, Vilas e Wilander é para aposentar a raquete, colocar no banheiro e nunca mais pegar nela, apenas olhar enquanto estiver tomando banho”, concluiu.