Esta foi novamente a tônica dos treinos desta terça-feira, na Expominas, local dos jogos deste final de semana. Em um primeiro momento, Wilander treinou seu principal jogador, Robin Soderling, à parte, concentrado nos confrontos de simples. Mais tarde, deu prioridade à parceria Jonas Bjorkman e Simon Aspelin, dois tenistas que estão entre os top 20 do mundo nas duplas.
Já Meligeni seguiu o revezamento de jogadores e treinou em simples com Marcos Daniel e Ricardo Mello em uma quadra e Flávio Saretta e André Sá em outra. Os dois últimos disputaram pontos até o horário da entrevista coletiva, às 12h30. Na segunda-feira, o capitão havia privilegiado as duplas, com Sá, Daniel e Gustavo Kuerten.
“A gente sabe quem eles estão treinando para cada jogo e vou tentar explorar isso taticamente. É importante num confronto como este. Ele também imagina saber quem eu vou colocar para jogar, mas se a gente não confirma, sempre pode haver uma surpresa”, disse Meligeni, que pode colocar Guga ao lado de Sá nas duplas ou ainda Daniel, aumentando a opção para jogadores em simples.
Pelo lado sueco, Wilander praticamente definiu Soderling e Andreas Vinciguerra como os jogadores de simples, com Bjorkman e Aspelin se dedicando nas duplas, ponto que é considerado certo no confronto. No entanto, pode surpreender com Bjorkman no primeiro dia contra Saretta, guardando Vinciguerra para o último dia.
Saindo da parte tática, alguns fatores podem ajudar o Brasil, como a lenta quadra da Expominas, construída exatamente nos moldes que Meligeni havia pedido, e o forte apoio de oito mil torcedores. Além disso, o bom clima entre os integrantes da equipe é visível, o que deixa Wilander e o grupo sueco ainda mais temeroso.
“O que me preocupa é que o Brasil é realmente um time. Quando viajam são amigos, unidos, e isso realmente dificulta. É um rival que está sempre para cima, com astral alto”, disse o sueco, um dos maiores jogadores de todos os tempos, que tem a missão de evitar a queda dos heptacampeões da Davis para a segunda divisão.
Meligeni encarou o medo dos rivais como elogio ao seu trabalho. “Nós brincamos, mas com responsabilidade. Nunca ninguém viu um treino mal feito. Temos mesmo um time lutador, mas acima de tudo unido, que se dá bem e que brinca na hora certa. O dia em que não houver união no grupo, podem ter certeza de que não serei o capitão”, encerrou.
Nesta quarta-feira, as duas equipes voltam a treinar em dois períodos, revezando a quadra central. O Brasil usa a arena pela manhã, a partir das 10h, e a Suécia, na parte da tarde. Na quinta-feira, Meligeni, às 9h, precisa entregar à ITF (Federação Internacional de Tênis) os nomes dos quatro jogadores que estarão presentes. Uma hora depois acontece o sorteio que define a ordem dos confrontos.