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Gastronomia

Guga e Larri demonstram confiança em coletiva

Arquivo Geral

02/10/2006 0h00

Gustavo Kuerten e Larri Passos deram nesta segunda-feira à tarde a primeira entrevista coletiva após o retorno da parceria, confirmada no último sábado, e usaram discurso parecido para comentar sobre as metas do trabalho e até onde o tenista pode chegar: para eles o mais importante é a recuperação total de Guga antes da volta definitiva ao circuito.

A idéia é a mesma apresentada pelo ex-número um do mundo nos últimos meses, desde que se apresentou bem fisicamente em treinos preparatórios para a Copa Davis. Larri aceitou a proposta ciente da nova fase do pupilo e também concordou que as metas são mais “subjetivas” do que propriamente resultados, títulos e ascensão no ranking.

“Se ele chegar no final do dia, dormir cansado e acordar pulando, louco para recomeçar, já estou tendo sucesso. Tenho uma frase que diz: ‘força, vigor, energia, uma bola a mais todo o dia’. É assim que quero seguir. E ele tem uma grande obstinação, sempre acreditei que fosse dar a volta”, disse Larri, em Florianópolis.

O técnico também fez uma comparação de Guga com um motor de carro. “Preciso saber agora se tenho em mão uma Ferrari, um DKV, um Gordini ou uma BMW. Se ele se dedicar e mantiver a força, vamos ver se dá pra chegar na Ferrari”, completou o treinador, que comandou treinos com o catarinense nos últimos cinco dias.

Durante este pequeno tempo, Guga se mostrou animado por estar com o antigo treinador, que o comandou por 16 anos e em todas suas principais conquistas, incluindo o tricampeonato de Roland Garros, o título mundial de 2000 e a chegada ao topo do ranking no final daquela temporada. Ele agora deve partir para a academia de Larri, em Camboriú, para mais uma série de treinamentos.

“Este reencontro vai ser importante, quero ficar mais solto, feliz, deslocando melhor na quadra. Mas quero excluir metas neste primeiro mês, não quero direcionar a campeonatos e sim a estar bem na quadra e ter a sensação que estou pronto. Quero voltar quando estiver no topo e acredito nesta força em mim. O objetivo é a longo prazo”, explicou Guga.

Volta diferente – A parceria entre Guga e Larri não vai ser igual àquela encerrada no início do ano passado. Segundo o próprio tenista, agora com 30 anos, sua “maior maturidade” fará com que ele determine boa parte do ritmo da preparação. Por outro lado, mantém-se igual a forma que o treinador trabalha a parte psicológica de Guga.

“Ele sabe que não sou o mesmo cara de antes. Já tenho um método incorporado de treinos, conheço bem o meu corpo e essa é a grande diferença. Mas ele é um cara que me traz uma força externa, sabe como me motivar e agrega sempre. Aprendi muito com ele e por isso hoje sou obstinado”, disse Kuerten. “E já estamos revivendo isso nos últimos dias.”

A volta da parceria aconteceu na última semana, mas foi durante os treinos da Copa Davis, em Belo Horizonte, que o tenista deu dicas pela primeira vez de que poderia voltar com o antigo treinador. Em seguida, a boa atuação na partida de duplas fez com que ele “buscasse o algo mais”, neste caso, a presença de Larri.

Segundo o técnico, que se manteve na ativa ao treinar brasileiros como Marcos Daniel e ao ganhar ótimo presente na última semana, com o primeiro título importante da austríaca Tamira Paszek, sua pupila de 15 anos, o primeiro passo para a união veio do jogador. “Ele me ligou e se ofereceu para bater um papo. E eu falei: traga as raquetes, então”, brincou Larri.

“Eu nunca tinha desistido e sempre soube que ele estava afim de jogar. Só tivemos momentos felizes e espero que neste segundo turno a gente possa ganhar de novo”, completou. Guga também manteve o humor. “Agora eu só preciso voltar a ganhar dele, porque ele está em forma. Ele e o Filé (fisioterapeuta) já foram apresentados e agora vou ficar tranqüilo. Eles que vão quebrar a cabeça, discutindo os rumos e os objetivos”, disse, rindo.

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