As boas atuações do chileno Fernando González fizeram com que as apostas sobre seu nome crescessem para a final do Aberto da Austrália mesmo diante do todo-poderoso Roger Federer. E no primeiro set, quem apostou na “zebra” vibrou ao ver o tenista quebrar o saque do número um e sacar para fechar a parcial. No entanto, foi aí que tudo mudou.
Recuperado do baque inicial, Federer foi para cima, devolveu a quebra e conseguiu a vitória no tie-break, para não perder mais a ponta até o resto do jogo. Desolado pela perda da oportunidade, o novo número cinco do mundo comentou sobre o momento e apontou exatamente o décimo game do set inicial como decisivo para toda a final.
“A partida poderia ter sido completamente diferente se eu tivesse vencido o primeiro set. Até poderia perder em quatro sets, mas sempre que jogo contra ele nunca venço o primeiro, então isso poderia ter mudado bastante”, admitiu o sul-americano, que agora sustenta o indigesto retrospecto de dez derrotas em dez partidas contra o suíço.
González ainda apontou outros fatores para a derrota, obviamente não se esquecendo de elogiar o rival. “Eu tive minha chance, mas ele é um grande jogador e pode fazer de tudo a hora que quiser. Ele se defendeu muito bem quando o ataquei e se movimentou de forma perfeita. Foi duro, ele me tirou da partida”, explicou.
Mesmo tendo caído mais uma vez diante do carrasco e de ter ainda larga diferença no ranking, a ascensão nos últimos meses o fizeram mudar o pensamento. Mais confiante em seu potencial, fez até previsões ousadas. “Acho que eu poderia ser o número um do mundo. Tenho que estar pronto quando o Roger cair um pouco de nível”.
“Ele está no caminho para ser o melhor tenista de todos os tempos e torna as coisas simples. Mas acho que estou em bom nível, ainda melhorando e sei que posso elevar ainda mais para quem sabe o derrotar. Foi um torneio maravilhoso para mim”, finalizou o chileno, que agora volta ao país para disputar o torneio de Viña del Mar, no saibro.
