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Gastronomia

Fernando Meligeni diz que faltam investimentos no tênis do Brasil

Arquivo Geral

22/11/2007 0h00



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Não é segredo que a situação do tênis brasileiro é, no mínimo, de alerta. Sem um atleta entre os top 100 e sem faturar um título de importância no circuito desde a época áurea de Gustavo Kuerten, hoje em dia o país vê seu melhor representante de simples na 123ª colocação do ranking de entradas da ATP, com Marcos Daniel, de XX anos.

Muitos especialistas e torcedores se perguntam como melhorar a situação da modalidade em solo pátrio. A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) recentemente acertou uma parceria de intercâmbio com a Federação Suíça da categoria, seduzida pela liderança de Roger Federer na lista dos melhores tenistas do mundo. Mas para o ex-tenista Fernando Meligeni, as soluções são outras: investimentos nas categorias de base e entidades mais engajadas.

“Este não é o melhor momento do tênis brasileiro”, reconheceu o ex-semifinalista de Roland Garros. “Está na hora de abrir o olho para as bases urgentemente. È preciso que haja uma renovação, porque nossos jogadores não são mais de 15, 16 anos e nem de 22. Nossos melhores atletas já estão acima de 27 anos, e não no mesmo nível que a gente teve no passado”, completou.

A fim de promover o tênis no país, um grupo de empresas conseguiu a realização do Grand Champions Brasil, com a presença de mitos como os suecos Bjorn Borg e Mats Wilander e o argentino Guillermo Vila disputando um torneio entre esta quinta-feira e domingo no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Mas, de acordo com Meligeni, é preciso que as organizações responsável pela modalidade assumam a responsabilidade de realizar outros eventos.

“É preciso que haja um despertar nas entidades, ou vocês querem que a gente jogue, cobre o escanteio e cabeceie?”, desabafou o ex-semifinalista de Roland Garros. “O atleta tem que jogar e, assim, trazer público e patrocinadores para a quadra. Não dá para pedir para eles fazerem os projetos e executá-los, como muitas vezes se faz. É hora de as entidades serem fortes e deixarem de chorar para abraçarem a causa e tomar a responsabilidade. Nós estamos ajudando, mas não somos os carros-chefes. Tem que haver uma troca de valores”, cobrou.

Meligeni ainda reforçou a tese que há muito tempo defende. “Eu continuo batendo o pé: tem que ter centro de treinamento no Brasil, porque enquanto isso não acontecer, não teremos força alguma. Estamos tentando promover o tênis trazendo todo mundo para cá, e isso é um esforço impagável, que deve ser aplaudido. Os jogadores que vieram são a nata do esporte, algo que a gente nunca mais vai ter”, ressaltou.

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