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Gastronomia

Federer persegue história contra o freguês González

Arquivo Geral

27/01/2007 0h00

A final masculina do Aberto da Austrália traz dois jogadores com currículos completamente diferentes na busca pelo título. A partir das 6h30 (de Brasília) deste domingo, a quadra central do Melbourne Park verá de um lado o todo-poderoso Roger Federer tentar mais um passo rumo à história definitiva, enquanto do outro estará o chileno Fernando González na busca pelas quebras de tabus.

Maior tenista dos últimos anos e líder incontestável do ranking desde janeiro de 2004, Federer transformou a disputa de Grand Slam em sua rotina particular de conquistas. Com a final na Austrália, ele igualou recorde de 73 anos, pertencente anteriormente apenas a Jack Crawford, de finais consecutivas em eventos deste porte, com sete no total.

O suíço chega a estas fases desde que parou diante do espanhol Rafael Nadal na semifinal de Roland Garros-2005. Na seqüência, foram cinco títulos e apenas uma derrota, no Aberto francês de 2006, de novo para Nadal. Se for campeão, alcançará dez títulos, na quinta posição de todos os tempos e a apenas quatro do recorde de Pete Sampras. E Federer só tem 25 anos.

Para a decisão deste domingo, tem ainda dois outros retrospectos que lhe dão enorme favoritismo. Um deles é o “simples” fato de não ter perdido sets na competição, apesar dos altos e baixos do início, quando enfrentou dificuldades contra Bjorn Phau e reclamou do seu próprio jogo contra Jonas Bjorkman e Mikhail Youzhny.

Mas foram realmente os três primeiros jogos oficiais da temporada que deram o ritmo ideal ao número um do mundo. Nas oitavas, atropelou o forte Novak Djokovic e nas quartas nem precisou se esforçar tanto para derrotar Tommy Robredo. Na semi, grande atuação lhe garantiu um arrasador 3 a 0 sobre Andy Roddick, tenista que o havia batido na semana anterior ao Grand Slam.

Outro ponto é a vantagem no confronto direto contra González. Em nove duelos até agora, nove vitórias. Somente no final do ano passado foram três, nas decisões da Basiléia e do Masters Series de Madri e na semifinal do Masters Series de Toronto. Por outro lado, o suíço sabe do atual momento do rival e espera confronto diferente.

“Tenho certeza que vai ser um jogo duro. Quando você joga contra o Fernando você tem que ficar sempre atento, porque ele é um atleta perigoso e muito intenso, que pode mudar o jogo de uma hora para a outra”, admitiu Federer.

E foi exatamente esta “intensidade” que levou o chileno à primeira final de Grand Slam da carreira. Depois de subir de produção no ano passado, quando deixou a 17ª colocação do ranking e subiu para o nono graças às três finais seguidas e às duas semis em Masters Series, ele confirma o momento repetindo o feito de outro chileno, Marcelo Ríos, vice na Austrália em 1998.

Inexperiente em finais grandes, ainda precisará de força para quebrar o tabu de nunca ter vencido Federer. O tenista, porém, admite ter chances. “Sinto que posso fazer qualquer coisa com minha direita no momento. Tenho que manter meu nível e não tentar nenhuma loucura. Sei que ele é o favorito e tem motivos para isso, mas uma hora tem que perder. Espero que seja neste domingo”.

Para chegar à decisão, o chileno teve apenas um jogo de cinco sets, na segunda rodada, contra Juan Martín del Potro. Em seguida, passou por Lleyton Hewitt e deu shows nas vitórias sobre os grandes favoritos James Blake e Rafael Nadal. Na semifinal, atropelou Tommy Haas cedendo apenas cinco games.

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