A vitória sobre o norte-americano Andy Roddick nesta quinta-feira não significou ao suíço Roger Federer apenas a classificação para a final do Aberto da Austrália. Mais do que isso, deu ao tenista mais um recorde para sua já extensa lista de feitos. Ele é agora apenas o segundo homem na história a chegar a sete finais seguidas de Grand Slam.
Federer se iguala ao australiano Jack Crawford, que conseguiu a façanha há longínquos 73 anos, entre 1933 e 1934. Ele supera outros dois grandes jogadores que marcaram seis participações: Don Budge, entre 1937 e 1938, e Rod Laver, entre 1961 e 1962. Na era profissional, a partir de 1968, é o recordista com larga distância.
O suíço não deixa de comparecer à decisão de um torneio deste porte desde que perdeu para Rafael Nadal na semifinal de Roland Garros-2005. De lá para cá, foi campeão em cinco oportunidades, duas vezes em Wimbledon e no Aberto dos EUA e uma na Austrália. Sua única “falha” veio exatamente na França, em 2006, quando perdeu novamente para o espanhol.
Se forem consideradas semifinais, a marca aumenta ainda mais. Ele chega sempre a esta fase desde que parou na terceira rodada de Roland Garros-2004, diante de Gustavo Kuerten. Esta é também a 11ª vez que ele vai a uma final de Grand Slam na carreira. Por enquanto, tem nove títulos e apenas o tropeço do ano passado.
Se for campeão pela décima vez, chegará à quinta marca da história, igualando-se a Bill Tiden. Bjorn Borg e Rod Laver têm 11, Roy Emerson, 12, e Pete Sampras é o recordista máximo, com 14. Vale lembrar que Federer tem apenas 25 anos. Em números gerais, pode chegar a 46 títulos, a 31 no piso rápido, onde detém o recorde de vitórias seguidas, com 56.
Número um do mundo desde fevereiro de 2004, ou há 156 semanas, superará no dia 26 de fevereiro o recorde de Jimmy Connors, atual técnico de Roddick, de semanas consecutivas na liderança do ranking. A marca é de 160 semanas. Federer sustenta atualmente mais de 3.600 pontos de vantagem sobre Nadal na lista de entradas.
