Em uma semana cheia de alterações entre os dez melhores do ranking de entradas, o destaque maior ficou para uma posição que não é alterada há tempos. Líder da lista há dois anos, o suíço Roger Federer não se cansa de destruir recordes e caminha a passos largos para ser o maior tenista de todos os tempos.
Federer se tornou o primeiro da história a conquistar dez ou mais títulos em três temporadas seguidas, além de ter levantado o 43º troféu da carreira, tornando-se o 12º profissional mais vitorioso de todos os tempos no tênis. Somente em premiações, ele já ultrapassa a marca de US$ 27 milhões.
Nos rankings, não é diferente. O suíço já havia superado há duas semanas a maior pontuação da corrida dos campeões desde sua criação, em 2000, ao chegar aos 1374 pontos. Agora, ele sobe cem e quebra sua marca anterior. Detalhe que os recordes ao final das últimas duas temporada também eram dele: em 2005, ele chegou a 1345, enquanto fez 1267 em 2004.
Com tantos predicados, sua pontuação no ranking de entradas reflete exatamente o ritmo de Federer. Ele chegou aos 7870 pontos, deixando o espanhol Rafael Nadal bastante confortável na segunda colocação. O terceiro colocado é o argentino David Nalbandian, semifinalista do Masters Series de Madri e que tirou o croata Ivan Ljubicic do posto. A desproporção entre Federer é tamanha que sua pontuação supera a soma da de Nadal (4270) e de Nalbandian (2900).
Logo abaixo, outros dois promovidos: o norte-americano Andy Roddick não foi muito longe em Madri, mas contou com a eliminação precoce de Nikolay Davydenko para tomar do russo o quinto lugar. Já Fernando González, que pensou em ameaçar Federer na final, subiu três degraus e chegou ao sétimo lugar, seu melhor ranking da carreira.
As principais quedas ficaram por contra de James Blake e Marcos Baghdatis. Ambos perderam duas posições, mas o cipriota tem mais a lamentar: candidato a sensação do ano, ele caiu fora dos dez melhores pela primeira vez desde agosto, chegando ao número 11 da lista. Já o norte-americano é o nono.
A exemplo do que acontece com González, o tcheco Tomas Berdych também conseguiu sua melhor colocação no ranking de entradas. Depois de ficar entre os quatro melhores na Espanha, Berdych estreou entre os dez melhores do mundo. Pior para Baghdatis.
Entre os brasileiros, Thiago Alves segue sendo o melhor do país, mas a briga pela segunda posição promete ser acirrada. Sem disputar uma partida oficial desde o challenger de Gramado, em setembro, Flavio Saretta perdeu cinco posições nesta semana e viu Ricardo Mello encostar. O campineiro foi quadrifinalista em Bogotá e ganhou dez posições.
Repetindo o que acontece com Saretta, Marcos Daniel também vem em queda acentuada nos últimos meses. O gaúcho, que chegou a ser o melhor tenista do país neste ano e alcançou o número 80 do mundo em agosto, é agora o 148º.
Confira os dez primeiros do ranking de entradas e os melhores brasileiros:
1. Roger Federer (SUI): 7870 pontos
2. Rafael Nadal (ESP): 4270 pontos
3. David Nalbandian (ARG): 2900 pontos
4. Ivan Ljubicic (CRO): 2845 pontos
5. Andy Roddick (EUA): 2705 pontos
6. Nikolay Davydenko (RUS): 2650 pontos
7. Fernando González (CHI): 2190 pontos
8. Tommy Robredo (ESP): 2175 pontos
9. James Blake (EUA): 2090 pontos
10. Tomas Berdych (TCH): 2080 pontos
104. Thiago Alves (BRA): 402 pontos
133. Flávio Saretta (BRA): 332 pontos
139. Ricardo Mello (BRA): 319 pontos
148. Marcos Daniel (BRA): 305 pontos
177. Júlio Silva (BRA): 232 pontos
184. André Sá (BRA): 227 pontos
192. André Ghem (BRA): 211 pontos
268. Rogério Dutra Silva (BRA): 146 pontos
280. Franco Ferreiro (BRA): 138 pontos