Mesmo com jogo marcado para às 12h do dia seguinte, Federer disse que acompanhou até o fim o longo duelo entre o norte-americano e o cipriota Marcos Baghdatis, que teve duração de quase quatro horas e avançou na madrugada em Nova York. E ainda garantiu que se emocionou com a atuação do veterano na vitória apertada, somente no quinto set.
“Assisti até o fim. Foi fantástico, adorei”, relatou o número um do mundo. “E fiquei nervoso com todo aquele equilíbrio, como se fosse um fã. Estava com frio na cama e ficava me escondendo no cobertor. Mas foi uma partida excelente e não me importaria de estar lá também para jogar cinco sets”, completou o bicampeão do Aberto dos EUA.
Apesar de ter ficado até tarde para acompanhar o segundo triunfo de Agassi na competição, Federer não acordou mal e passou sem problemas pelo britânico Tim Henman por 3 sets a 0. Ele não voltou a apresentar seu melhor tênis, mas ainda foi protagonista de um lance brilhante, que provocou risos do rival e aplausos da torcida que compareceu ao Arthur Ashe Stadium.
No terceiro set, após subida à rede, Henman enganou o adversário com um voleio mais profundo, na direção do corpo do rival. Sem espaço e tempo de reação, o suíço arriscou rebater a bola por entre as pernas e se deu bem. Henman ainda voleou de volta, mas já parado e rindo, levou a passada de um Federer meio sem graça.
“Dificilmente você tenta este tipo de golpe no jogo. Já nos treinos acontece toda hora”, garantiu o suíço. “Mas para fazer isso na quadra central, você precisa ter a noção de que não está passando ridículo ou que você não parece um completo idiota”, brincou o jogador.
Henman, que chegou a parar após o lance mesmo coma bola ainda em jogo, não conseguiu evitar o riso, mas aproveitou para elogiar a habilidade do adversário. “Realmente não há muito o que fazer num lance daqueles a não ser rir. Cheguei a achar que tinha sido um voleio perfeito, mas como ele não tinha tempo de pensar, fez aquilo. E fez muito bem”, admtiu.
Ao contrário das últimas vezes em que estiveram frente a frente, Henman não chegou a decepcionar nesta sexta. Ele fez um bom duelo e chegou a botar pressão no número um. Prestes a completar 32 anos e em queda sensível no ranking, ele garante ser exatamente estes momentos que o fazem sonhar ainda com a volta aos melhores dias.
“Eu posso ter perdido hoje, mas para falar a verdade, o jeito que joguei em certos momentos me deixam otimista. Acho que estou no caminho certo”, disse o britânico, ex-número quatro do mundo e hoje apenas o 62º do mundo.