Deu a lógica na final do Masters Series de Madri, disputada na manhã deste domingo. Com outra atuação beirando a perfeição, o suíço Roger Federer mostrou novamente por que já está entre os maiores de todos os tempos e arrasou o chileno Fernando González por 3 sets a 0, parciais de 7/5, 6/1 e 6/0.
O título foi o décimo do tenista na temporada e o quarto em eventos Masters Series (série que só perde em importância para os Grand Slam), juntando-se aos de Indian Wells, Miami e Toronto, todos no piso sintético. Na carreira, já tem 12 taças e corre atrás da marca de Andre Agassi, de 17. Foi também sua 82ª vitória em 87 partidas, o que lhe dá o aproveitamento de 94,3% no ano.
Federer não perde há 19 jogos, desde que foi surpreendido na segunda rodada do Masters Series de Cincinnati para Andy Murray. Na seqüência, faturou os títulos do Aberto dos EUA, do Torneio de Tóquio e agora de Madri e ainda ajudou a Suíça a voltar à elite da Copa Davis com dois triunfos em simples contra a sérvia.
No torneio, o suíço entrou disposto a quebrar uma incômoda série de resultados negativos. Sem jogar a chave nos últimos dois anos, tinha como melhor resultado a semifinal de 2003, quando perdeu para o então número um do mundo Juan Carlos Ferrero, apoiado pela grande torcida presente na quadra central.
Desta vez, porém, sem a concorrência de Nadal, derrotado nas quartas, caminhou tranqüilo e venceu a disputa sem perder sets. Seu jogo mais difícil aconteceu nas oitavas, quando derrotou Robin Soderling em dois tie-breaks, depois de salvar set points em ambos. Ainda derrotou Robby Ginepri e bateu seu “ex-carrasco” David Nalbandian com direito a um 6/0 no segundo set antes de ir à final.
Neste domingo, enfrentou um tenista que vinha embalado pelo vice-campeonato em Viena, na semana passada, e por outras boas campanhas, como as semifinais em Toronto e Cincinnati e Los Angeles. Animado, González ainda equilibrou as ações no primeiro set e só foi ceder a primeira quebra no 12º game, quando Federer aproveitou para fechar.
No segundo, o chileno passou a acusar dores no braço direito e se tornou presa fácil. Depois do empate em 1/1, só deu Federer. O suíço quebrou duas vezes na parcial e fechou em 6/1. González ainda pediu atendimento médico, voltou com tática suicida de ir à rede e levou mais três quebras e um “pneu”: 6/0.
