Quem esperava uma final de Masters Cup tão emocionante como a semi certamente se decepcionou. Ao contrário do duelo contra Rafael Nadal, em que precisou mostrar toda sua magia, o suíço Roger Federer não encontrou no norte-americano James Blake adversário à altura e nem precisou se esforçar para chegar à vitória.
Na manhã deste domingo, o melhor tenista do mundo “passeou” em quadra e venceu por 3 sets a 0, com arrasadores 6/0, 6/3 e 6/4, em apenas 1h36. Assim, conquistou o tricampeonato do torneio que reúne apenas os melhores do ano e ainda levou para casa o 12º título em uma das mais fantásticas temporadas do tênis na história.
Nem mesmo o próprio Federer havia conseguido as marcas de agora, já que tinha como melhor desempenho os 11 títulos de 2004 e 2005. Mais do que isso, com o cheque de US$ 1,5 milhão deste domingo, foi a mais de US$ 8,3 milhões em 2006, superando por muito o recorde anterior de Pete Sampras, de quase US$ 6,5 milhões, em 1997. Na carreira, tem mais de US$ 28,5 milhões, somente em prêmios.
Em pontos, garantiu mais 150 na Corrida dos Campeões com o título invicto do Masters e chegou a 1.674, outro recorde incrível (antes tinha como melhor os 1.345 de 2005). Sempre como comparação, Guga terminou 2000, primeiro ano da Corrida, na liderança com 839 pontos, pouco a mais que a metade.
Outra marca importante para o suíço de 25 anos é que ele chega a 45 títulos na carreira e já é o 11º da história, superando o austríaco Thomas Muster. Faltam agora dois para chegar ao australiano Rod Laver (47), para entrar no rol dos dez maiores de todos os tempos. O líder é o norte-americano Jimmy Connors, com 109.
No Masters, Federer mostrou sua superioridade no tênis atual ao vencer todos os cinco jogos que teve pela frente. Na primeira fase, passou por David Nalbandian, na revanche da final de 2005, e depois por Andy Roddick, após jogar mal, salvar três match points no tie-break do segundo set e virar no terceiro. Por fim, despachou Ivan Ljubicic.
Primeiro da chave, encarou na semifinal seu grande “carrasco”, o espanhol Rafael Nadal, e deu aula de tênis, vencendo jogo emocionante e de alto nível. Na decisão, porém, fez o básico para chegar à sexta vitória em seis partidas contra Blake, tenista que havia surpreendido, com vitórias sobre o próprio Nadal e sobre Nalbandian na semifinal.
No primeiro set, Federer foi aos poucos minando a resistência do rival e chegou a três quebras de saque com extrema facilidade. Só teve um game difícil no saque, quando tinha 4/0 e precisou salvar cinco break points. Foi o terceiro 6/0 na história dos confrontos com o norte-americano.
Blake começou a segunda parcial salvando break point e confirmando seu primeiro game, mas logo em seguida viu o suíço abrir 3/1 e 4/1. No final, 6/3 sem grandes dificuldades. Continuando o show, Federer foi a 2/1 e teve 5/2 e saque no terceiro set, mas vacilou, cedeu a quebra e só confirmou o triunfo na segunda chance.< !-- /hotwords -- >