Depois de ser acusado de piorar o clima de tensão entre argentinos e australianos pelos próprios anfitriões, Lleyton Hewitt tratou de colocar panos quentes na situação em sua primeira entrevista em Buenos Aires, onde a partir desta sexta-feira (22/9) inicia a disputa da semifinal da Copa Davis.
Hewitt, que desembarcou cercado por dois guarda-costas, disse não ter tido problemas desde que pisou no país. “Desde que cheguei me trataram extraordinariamente bem e estou muito tranqüilo. Tudo que falei foi mal traduzido e acabou gerando este desconforto”, destacou Hewitt, que comentou sobre o fato de ter vindo com seguranças.
“Vim com eles porque a Federação Australiana se ofereceu a pagá-los. E normalmente nós fazemos isso em todo o circuito”, completou o australiano, esperança máxima de vitórias da equipe australiana no difícil confronto contra os sul-americanos, considerados favoritos por jogarem em casa e por terem ótimos tenistas em quadras de saibro.
Ainda sobre os problemas que teve com tenistas argentinos, como David Nalbandian e mais recentemente Juan Ignacio Chela, Hewitt novamente se esquivou. “Quando entro em quadra me proponho a vencer sempre e tenho meu próprio jeito de ganhar confiança. O problema é que algumas pessoas interpretam isso de maneiro errada.”
Pelo lado argentino, a ordem é esquecer os problemas com o ex-número um do mundo e tratar de confirmar o favoritismo na busca pelo primeiro título da Davis. Na série de treinos no novo ginásio do Parque Roca, com arena fixa com capacidade para 14 mil torcedores, o capitão Alberto Mancini manteve o suspense para a escalação de simples.
Ele deve optar por Nalbandian, número quatro do mundo, mas pode escolher para o outro jogo de simples Jose Acasuso, Agustín Calleri ou Juan Ignacio Chela. E se depender da confiança do principal tenista do país, a vaga na final já parece barbada. “Vamos ganhar de 4 x 1”, apontou Nalbandian.