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Espanóis falam em Associação Ibero-americana de tênis

Arquivo Geral

11/12/2007 0h00

Com a intenção de ganhar mais notoriedade nas discussões junto às associações profissionais de tênis, a Real Federação Espanhola da modalidade (RFET) decidiu criar uma entidade até então inédita na modalidade: a Associação Ibero-americana (AIT), reunindo países da Península Ibérica e da América Latina. Juntos, os dois blocos teriam a possibilidade de “atingir mais pessoas”, como definiu Jorge Lacerda, presidente da Confederação Brasileira da modalidade (CBT).

“Trata-se de algo novo, e quando mudamos damos um grande passo para mudar a gestão mundial”, explicou Pedro Muñoz, presidente da RFET. “O importante é a união entre os países. A Espanha tem o melhor grupo do mundo no masculino e o segundo melhor no feminino, mas isso não é o bastante para nos impormos mundialmente. Precisamos da América Latina e ela precisa da gente. A situação é favorável para a criação da AIT”, simplificou.

A AIT ainda não foi ratificada, mas a oficialização deve ser feita durante o primeiro semestre de 2008. No entanto, o andamento das conversas vem animando o mandatário da CBT. “Tudo começou em uma reunião da Federação Internacional (ITF) na Tunísia, em junho deste ano. Mas agora as coisas estão saindo da conversa”, comentou Lacerda.

O objetivo principal do novo bloco é fazer com que Espanha e América Latina tenham mais influência junto aos principais órgãos do tênis mundial (ATP, WTA e ITF), principalmente na inovação da categoria nos quesitos programação, regulamentação e calendários.

Há também a meta de conseguir mais respaldo para negociações com Ministérios do Esporte de cada país e também junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI), além de realizar o intercâmbio de jogadores, técnicos e árbitros, melhorando o nível de controle antidoping e da organização de competições nas partes envolvidas.

O carro-chefe do projeto é a Espanha, que conta com três tenistas entre o grupo dos dez melhores do mundo: Rafael Nadal (segundo), David Ferrer (quinto) e Tommy Robredo (décimo). A força da AIT ainda se apóia na presença de Argentina (que compõe 10% do top 100 – com destaque para David Nalbandián, nono do ranking) e Chile (pátria de Fernando González, sétimo da relação e melhor sul-americano em atividade).

O próximo passo para a criação da AIT será dado em fevereiro, no Peru, durante a disputa entre os anfitriões sul-americanos e a Espanha, pela primeira fase do Grupo Mundial da Copa Davis. Nesta etapa, representantes da RFET deverão se reunir com membros das entidades latino-americanas para a criação de um estatuto e marcar um último encontro, para que seja estabelecida uma Junta Diretiva e aconteça a oficialização da nova entidade.

Moral alto: O Brasil, embora não tenha muito prestígio no cenário internacional desde a queda de Gustavo Kuerten, possui prestígio junto à entidade espanhola. Prova disso é que os dois países pretendem lançar o mais rápido possível uma parceria de intercâmbio de tenistas – algo que a CBT já tem firmando com a Federação Suíça de Tênis. “O acerto vai sair em breve, já está praticamente certo”, adiantou Lacerda.

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