Nikolay Davydenko revelou nesta segunda-feira que será inquirido por investigadores logo após o Torneio da China, em setembro, com o objetivo de esclarecer as denúncias de manipulação de resultado que recaem sobre ele.
Davydenko está no centro de um escândalo. A casa de apostas britânica Betfair denunciou uma estranha movimentação nos palpites da partida realizada entre o russo e o argentino Martin Vassalo Arguello neste ano, no torneio polonês de Sopot. Embora o atual número quatro do mundo fosse considerado favorito a vencer a partida, quem acabou levando a melhor foi o sul-americano, que contou com a desistência de seu rival.
A estranheza se deu porque as apostas recaíram, em sua maioria, na vitória de Arguello, contrariando todas as expectativas. E mais: os palpites que previam a derrota de Davydenko chegaram a sete milhões, quase dez vezes mais do que o normal. Por causa disso, a Betfair decidiu anular a disputa e comunicou o fato à Federação Internacional de Tênis (ITF).
Davydenko, negando novamente qualquer envolvimento no escândalo, diz que toda está polêmica está prejudicando seu rendimento nas quadras. “É bem difícil para mim alguém falar de jogos de azar. Estou nesta posição agora, na qual sou um jogador de alto nível, mas as pessoas me vêem como um cara ruim, que aposta”, lamentou.
“Mentalmente, estou cansado”, continuou Davydenko. “Se vocês forem na internet, lerão alguns artigos da imprensa que escrevem coisas ruins e já fico nervoso”, completou o russo, que nesta segunda-feira derrotou o norte-americano Jessé Levine em sua estréia no Aberto dos Estados Unidos. Na próxima rodada, o tenista enfrenta ou o alemão Nicolas Kiefer ou o local Vincent Spadea.
