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Gastronomia

Daniel tenta evitar <i>brochada</i> e espera <i>milagre</i> na Austrália

Arquivo Geral

06/01/2010 0h00

Cabeça de chave número 1 do Aberto de São Paulo, Marcos Daniel não passou da primeira rodada. Derrotado pelo jovem João Olavo Souza, o Feijão, com um duplo 6/4 na terça-feira, o atual 87º colocado no ranking mundial deixou a quadra central do Parque Villa Lobos frustrado e receoso em relação ao Aberto da Austrália.


“A quadra dura não é a minha. Eu me esforço e treino muito, mas não dá mesmo. Simplesmente sinto dificuldade de jogar na quadra dura, mas tudo bem. O negócio é seguir o baile. Tenho que tentar não dar uma brochada muito grande para o resto do ano, porque está começando agora”, disse o número 2 do Brasil (é superado apenas por Thomaz Bellucci, 36º).


Profissional desde 1997, o tenista de 31 anos passou a maior parte de sua carreira em challengers. No saibro, ele tem 151 vitórias e 81 derrotas. Em sua superfície preferida, ganhou 10 dos 11 títulos em torneios do gênero. Na quadra dura, o brasileiro contabiliza 58 vitórias, 52 derrotas e somente um campeonato conquistado.


Marcos Daniel estreou na chave principal de um Grand Slam no Aberto da Austrália-2003. Desde então, ele contabiliza um total de 13 participações nos quatro torneios mais importantes do calendário. Em Roland Garros-2008, alcançou a segunda rodada pela única vez após ver o espanhol Juan Carlos Ferrero abandonar por lesão.


Como 87º no ranking mundial, Daniel tem presença garantida no Aberto da Austrália-2010, mas chega com expectativas realistas para o primeiro Grand Slam da temporada. “Estou esperando um milagre para que eu possa ganhar um jogo na quadra dura. Para mim, é muito difícil. Minha parte técnica é totalmente armada para o saibro”, reiterou.


Em Melbourne, uma vitória na primeira rodada já seria suficiente para satisfazer o tenista brasileiro. “Eu tento melhorar e estou melhor em alguns aspectos, mas o problema é que não desfruto a quadra dura. O problema é esse. Eu não consigo me encontrar”, justificou.


O Aberto da Austrália tem início previsto para o próximo dia 18 de janeiro. Em seguida, Daniel pretende se dedicar ao saibro na disputa dos ATP 250 de Santiago do Chile, Costa do Sauípe e Buenos Aires. “Tenho que continuar trabalhando e tentar aproveitar a superfície em que me sinto melhor”, declarou.


No ano passado, o tenista alcançou a 57ª posição do ranking mundial. Frustrado após a derrota na estreia do Aberto de São Paulo, ele responde sem convicção quando questionado se sonha com o top 50. “É um saco treinar pra caramba e não desempenhar nada, então dá vontade de voltar para casa e dormir por dois dias. Tenho que voltar a jogar bem e recuperar a confiança para ter a chance de chegar nos 50”, disse.


Depois de cair diante de Feijão na estreia da chave de simples, Daniel voltou à quadra para jogar a primeira rodada de duplas ao lado do mexicano Santiago Gonzalez, mas os britânicos Jonathan Marray e Jamie Murray, irmão do astro Andy Murray, venceram com parciais de 7/6 (7-5) e 7/6 (7-3). “100% de aproveitamento”, brincou o brasileiro.

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