Quando chegou dos EUA no final de julho com uma bursite no quadril direito, Gustavo Kuerten não escondeu o desânimo e foi taxativo em relação às esperanças de jogar duas das competições que ainda sonhava para este ano: para ele, tanto o Aberto dos EUA como a Copa Davis deste ano estavam totalmente descartados.
Mas bastaram alguns dias de fisioterapia ao lado de Nilton Petrone e de treinos com o técnico Hernan Gumy para que o astral voltasse a ficar bom. Tanto que hoje, em entrevista coletiva em Florianópolis, Guga confirmou que voltará em breve ao circuito, colocando em aberto até mesmo um retorno no confronto da Davis com a Suécia, entre os dias 22 e 24 de setembro.
Mas antes de confirmar se joga ou não, Guga quer focar na recuperação total. “Estou 100% motivado e 70% preparado. Estes 30% que faltam são detalhes, mas minha volta está próxima. Preciso me readaptar a deslizar em quadra, ter movimentos mais amplos e ter mais confiança de buscar bolas que sempre busquei”, explicou.
Pan e challengers não são prioridades – Se a Davis está na cabeça de Kuerten, torneios menores como os challengers e o próprio Pan-americano do Rio, em 2007, não estão na lista de “favoritos” do jogador. Ainda assim, em relação ao primeiro grupo, o atual número 576 do ranking diz que pode até jogar, mas que não se sente pressionado em recuperar os pontos perdidos ainda neste ano.
“Não tenho nenhuma restrição a nenhum tipo de torneio. Mas se não me sentir pronto para jogar, não vejo problema em ter um reinício somente em 2007”, admitiu o tenista, referindo-se à possibilidade de jogar a Copa Petrobras, série de cinco challengers na América do Sul com premiação de US$ 75 mil (mais um Masters).
Guga, que tem apenas 40 pontos na lista de entradas (e vai perder outros 35 na próxima semana, quando for descontada a segunda rodada do Aberto dos EUA do ano passado), poderia somar 60 ou até 70 pontos em caso de títulos em uma das etapas, o que o colocaria de volta a um ranking satisfatório até o final da temporada.
Sobre o Pan de 2007, no Rio de Janeiro, ele também não mostrou empolgação e admitiu até mesmo trocar uma competição que ofereça pontos e prêmios ao defender a camisa do Brasil. “O Pan seria uma boa oportunidade e ele pode se encaixar (no calendário). Mas vou disputar o que for conveniente. Posso estar bem e buscar torneios com maior pontuação.”