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Gastronomia

Confederação de Tênis quer montar seleção brasileira para 2008

Arquivo Geral

11/12/2007 0h00

Geralmente os melhores tenistas de cada país se reúnem para as disputas de Copa Davis e Copa do Mundo, formando a ‘equipe nacional’. Mesmo assim, a Espanha decidiu recentemente criar a sua própria seleção, reunindo os melhores atletas locais para representar o país – algo que nem sempre acontece, já que muitos atletas preferem voltar suas atenções para o circuito profissional.

Antes de a Real Federação Espanhola de Tênis (RFET) criar a sua própria seleção, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) planejava nomear a sua própria equipe permanente. Mas a idéia do país ibérico deverá servir de molde para o time verde e amarelo, que deverá copiar algumas medidas. Tudo em nome das Olimpíadas de Pequim-2008.

“Queríamos montar uma equipe permanente. Tínhamos um projeto para buscar verbas e devemos receber R$ 700 mil para a próxima temporada, a fim de bancar gastos com treinamentos e viagens”, anunciou o presidente da CBT, Jorge Lacerda. “Agora, vamos analisar o projeto da Espanha, que parece ser mais interessante do que o nosso. Até mesmo o termo ‘seleção’ soa melhor do que ‘equipe permanente’, e isso deve ajudar na hora de obter patrocínio”, completou.

A criação da seleção brasileira de tênis tem um porquê: o desenvolvimento dos atletas, visando à classificação para os Jogos Olímpicos. Para os torneios de simples de Pequim-2008, os 48 melhores colocados nos rankings de entradas de ATP (masculino) e WTA (feminino) na atualização de 9 de junho do próximo ano se classificam automaticamente, com limite de dois representantes por país. Nas duplas, as 24 melhores parcerias conseguem a vaga.

Se a classificação fosse feita com base na última atualização dos rankings de entradas, o Brasil teria apenas dois tenistas nos Jogos de 2008: os duplistas Marcelo Melo e André Sá, semifinalistas de Wimbledon e quadrifinalistas do Aberto dos Estados Unidos. “Estão quase lá”, de acordo com o próprio Lacerda. Já na disputa masculina individual, o gaúcho Marcos Daniel (118º do mundo) ficaria muito perto da vaga (49º melhor, eliminando os atletas de países que já possuem mais de dois atletas), enquanto no feminino nenhuma tenista teria chances.

“No simples masculino, muitos tenistas têm chance de melhorar no ranking durante 2008. No feminino, a Teliana Pereira, a Fernanda Alves e a Roxane Vaisemberg têm um projeto muito bom para a próxima temporada e também possuem chances”, previu o mandatário da entidade máxima do tênis brasileiro.

A criação da seleção brasileira faz com que o otimismo da CBT aumente.Desde que haja comprometimento dos tenistas. “Queremos o desenvolvimento, a criação de um grupo. Essa nossa conversa com a Espanha foi muito boa. Percebemos que os atletas têm que se adequar a algumas regras que levam ao sucesso, e se não quiserem ficarão de fora. Muitos tenistas pedem ajuda, mas têm que dar o retorno também”, cobrou Lacerda.

A seleção brasileira, porém, não se limitará às Olimpíadas. De acordo com o presidente da CBT, outro objetivo da criação do time nacional é garimpar novos talentos nas categorias de base. “Por enquanto, o Melo e o Sá já se comprometeram a participar da seleção. Queremos buscar os melhores jogadores e as melhores revelações. Achar um menino de 12 anos jogando tênis e fazer com que ele compita utilizando o mesmo uniforme dos profissionais na Davis vai motivá-lo ainda mais, por exemplo”, concluiu Jorge Lacerda.

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