A sorte que surpreendentemente havia colocado o Brasil como um dos cabeças-de-chave da repescagem da Copa Davis seguiu acompanhando o país nesta terça-feira, quando foram definidos os confrontos que valerão vaga no Grupo Mundial da competição em 2009. Após um sorteio favorável, a equipe canarinha receberá o Equador entre 18 e 20 de setembro e tem boas chances de retornar à elite da competição depois de sete anos.
Responsável pela eliminação da Colômbia no último fim de semana mesmo fora de casa, o Brasil já recebera uma boa notícia na segunda, pois, ao virar cabeça-de-chave da repescagem, fugiu de forças como Suíça, Sérvia e França. Nesta terça, veio a confirmação da sorte dos brasileiros, que em vez de terem de viajar à Europa para pegar, por exemplo, a Romênia, fará um confronto sul-americano dentro de seus domínios.
Provavelmente em uma quadra de saibro, os comandados de Chico Costa enfrentarão um Equador cuja força se limita aos irmãos Nicolás e Giovanni Lapentti, que jogaram simples e duplas para bater o Peru no último Zonal Americano da Davis.
Muito experiente, Nicolás já foi o número seis do mundo em 1999, mas hoje, aos 32 anos, não passa da 106ª posição. Ainda assim, superou Thomaz Bellucci há um mês, aplicando 2/6, 7/6 (7-3) e 6/3 no qualificatório para o Masters 1000 de Montecarlo. Ele jamais enfrentou Franco Ferreiro, o outro simplista nacional contra a Colômbia.
Seis anos mais jovem, Giovanni ocupa a 172ª posição do ranking de entradas e também jamais perdeu para Bellucci, tendo vencido o paulista em dois jogos em 2006 e 2007, quando o brasileiro, porém, ainda não havia dado o salto para o nível ATP. Diante de Ferreiro, o Lapentti mais novo também ostenta retrospecto positivo – foram duas vitórias há quatro anos.
Apesar desse mau retrospecto, Chico Costa contará ainda com Marcelo Melo e André Sá, que estão invictos após atuaram juntos por três vezes na Copa Davis. Eles formam atualmente a 21ª melhor parceria do mundo e chegaram ao top 10 no ano passado, enquanto que os irmãos equatorianos, se forem realmente participar da dupla, teriam de enfrentar uma maratona de três partidas em um intervalo de três dias.
Pelo torneio entre seleções, Brasil e Equador já estiveram frente a frente em seis ocasiões, sempre no saibro, e o time verde e amarelo levou a melhor em quatro. O último encontro ocorreu em Cuenca em 2006, quando Flávio Saretta e Ricardo Mello comandaram o passeio de 4 a 0 sobre os Lapentti.
Confira os confrontos da repescagem do Grupo Mundial da Davis:
(As equipes da primeira coluna jogam em casa)
Brasil x Equador
Itália x Suíça
Sérvia x Uzbequistão
Bélgica x Ucrânia
Holanda x França
África do Sul x Índia
Suécia x Romênia
Chile x Áustria