A vitória de hoje sobre James Blake fez com que o suíço Roger Federer garantisse mais um grande feito no tênis. A classificação para a semifinal do Aberto dos EUA foi nada menos que sua décima seguida para esta fase em um Grand Slam. Antes dele, só o norte-americano Ivan Lendl havia conseguido tal façanha.
Federer iniciou sua série em Wimbledon-2004, quando conquistou o bicampeonato. Ele vinha de derrota inesperada na terceira rodada de Roland Garros para Gustavo Kuerten, mas a partir daí nunca mais parou antes da semi. Na seqüência, conquistou seis títulos (três na Inglaterra, dois no Aberto dos EUA e um na Austrália), um vice (Roland Garros deste ano) e duas semifinais.
“É muito bom ser tão consistente e manter um nível alto nestes que são os torneios mais difíceis. Você não pode estar mal na semana, não pode sentir contusões. Porque são jogos de cinco sets e você paga o preço se não estiver bem preparado. Mas estou feliz. Acho que recordes como estes estão aí para serem quebrados. Significa muito para mim”, destacou.
Depois de jogar contra a torcida e sentir um pouco da pressão dos quase 23 mil torcedores, Federer não abaixou a bola e admitiu que prefere pegar Andy Roddick na decisão. O tenista é o último norte-americano ainda vivo e joga a semifinal de amanhã contra o surpreendente Mikhail Youzhny, que eliminou Rafael Nadal.
“Claro que quero jogar contra ele. Seria uma grande partida. Mas ainda não estamos lá. Somos os grandes favoritos e precisamos jogar bem neste sábado. Já fiz bons jogos com o (Nikolay) Davydenko (adversário na semifinal) e preciso ter cuidado. Ele tem jogado bem e tudo pode acontecer”, garantiu o suíço, que tem vantagem de 7 x 0 no confronto direto com o russo.
Atual bicampeão do Aberto dos EUA, Federer luta para igualar Lendl em outro recorde. Se for campeão, conquistará o tricampeonato consecutivo no Grand Slam norte-americano, feito que apenas Lendl e Jimmy Connors conseguiram nos últimos anos. Seria também o nono título deste nível para o tenista de 24 anos.