Os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares já disputaram semifinais de Grand Slam, têm títulos de ATP no currículo, integram o top 45 do ranking mundial de duplas e se conhecem desde a adolescência. Eles passaram a jogar juntos no começo do ano e esperavam estar entrosados até maio, algo que, apesar das credencias de ambos, ainda não aconteceu.
“Estamos nos readaptando e não está sendo fácil, por enquanto. Mas sentimos que ainda temos muito a melhorar e crescer. Precisamos de tempo para colocar o jogo em dia e paciência com os resultados”, declarou Bruno Soares, dono de dois títulos da ATP e semifinalista de Roland Garros-2008 (ao lado do sérvio Dusan Vemic).
Sem ranking para disputar o Masters 1000 de Roma nesta semana, a dupla resolveu se separar. Enquanto Bruno Soares joga o torneio italiano ao lado de Mark Knowles, das Bahamas, Marcelo Melo participa do Challenger de Tunis em parceria com o português Frederico Gil.
No último mês de janeiro, a parceria dos brasileiros começou em alta. Depois de perderem nas quartas de final do ATP 250 de Brisbane contra os norte-americanos James Blake e Andy Roddick, ambos alcançaram a decisão em Auckland, mas foram derrotados por Horia Tecau, da Romênia, e Marcus Daniell, da Nova Zelândia.
Desde então, Bruno Soares e Marcelo Melo caíram de rendimento. Dos nove torneios que disputaram, os brasileiros se despediram na primeira rodada em seis. Neste período, o melhor desempenho foram as quartas dos ATP de Santiago e de Acapulco e do Challenger de Sunrise.
“Apesar de não conseguir nenhum grande resultado depois (de ficar com o vice-campeonato em Auckland), estamos jogando bem e perdemos todos jogos nos detalhes. Quando a gente passar a ganhar esses jogos, vamos engrenar”, aposta Bruno Soares.
“Não estamos tão preocupados com esses objetivos de ranking e Masters Cup (torneio que reúne as oito melhores parcerias no final do ano). No momento, o nosso pensamento é crescer como dupla e passar a jogar o nosso melhor. Acho que quando começarmos a jogar bem, essas coisas virão e aí sim vamos brigar para estar lá”, encerrou Soares.