Menu
Gastronomia

Brasil troca ranking por convocação e Guga pode jogar o Pan

Arquivo Geral

20/03/2007 0h00

Diferente do que chegou a ser pleiteado pela Confederação Brasileira de Tênis, o Brasil terá exatamente o limite máximo de vagas para cada país nos Jogos Pan-americanos. Na divulgação do regulamento do esporte no evento no Rio-2007, feita nesta terça-feira em São Paulo, Paulo Moriguti, dirigente da entidade e gerente de competição do Pan, confirmou que o país terá três tenistas na chave de simples, sem o benefício de ter mais competidores com convites da organização, apesar de ser o país-sede.

Além disso, Moriguti revelou uma mudanças nos critérios para escolha dos representantes brasileiros na modalidade. Em vez de utilizar o ranking, como anunciado em agosto do ano passado, a CBT optou por utilizá-lo como referência, mas a definição dos nomes caberá mesmo à entidade. “Os nossos comitês, masculino e feminino, irão fazer a convocação da equipe. Como o Brasil já tem a vaga garantida, isso independe do ranking”, explicou.

Assim, o "novo formato" abre espaço para a entrada de Gustavo Kuerten no Pan. Atual 670º do mundo e apenas o 22º melhor colocado do país na relação da ATP, Guga teria muita dificuldade para obter a vaga se fosse considerado apenas o ranking, seleção adotada, por exemplo, nas Olimpíadas. Por isso, a tentativa inicial foi obter mais vagas para os brasileiros através de convites, mas a Confederação Pan-americana de Tênis frustrou esta alternativa.

“O Brasil não seria favorecido pelos convites pelo fato de o regulamento prever no máximo a participação de três jogadores por país na chave. O Brasil por ser país-sede já tem as três vagas garantidas, então ele não pode, através de convites, receber mais vagas”, resumiu Moriguti. Com isso, a opção foi mudar a forma como serão definidos os representantes na chave, adotando uma convocação através do comitê definido pela CBT.

Por ser país-sede, o Brasil poderá inscrever no máximo oito atletas até o dia 13 de abril, sendo quatro no masculino e quatro no feminino. No dia 22 de junho, o país deverá descartar dois e apontar no máximo três homens e três mulheres para as chaves de simples, tendo que inscrever suas duplas utilizando atletas que disputarão os torneios individuais.

Já as vagas dos outros países dependerão dos rankings da ATP e do WTA do dia 11 de junho para determinar o sistema de entrada nas chaves. No total, serão 48 tenistas na chave masculina (sendo 42 por entrada direta e seis convidados) e 32 na feminina (28 automáticas e quatro por convite). E é aí que residia o entrave das antigas pretensões do Brasil.

Com o anúncio que não terá a participação aumentada por meio de wild cards, que serão destinados aos países que não tiverem atingido a cota máxima de atletas, o Brasil optou por mudar a sua forma de definição dos representantes. Se fosse levado em conta apenas o ranking, as vagas ficariam hoje com Flávio Saretta (102º), Thiago Alves (119º) e Ricardo Mello (127º).

No total, serão 80 tenistas classificados, com idade mínima de 14 anos. Ainda de acordo com o regulamento, se o número de atletas inscritos for superior a 80, a seleção dos atletas será feito de acordo com o ranking da ITF do dia 11 de junho. A competição, segundo o regulamento, ainda fará parte dos critérios de classificação para as Olimpíadas de Pequim, no ano que vem. Os campeões não tem vaga direta, mas tem prioridade na entrada das chaves, desde que tenham ranking próximo ao dos últimos classificados direto pela lista de entradas, desde que o país não tenha atingido o número máximo de atletas na chave (dois).

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado