Na partida decisiva, o representante dos EUA enfrentou mais dificuldades do que em toda a campanha, quando venceu todas as partidas em menos de uma hora (incluindo o WO sobre o austríaco Jurgen Melzer nas semifinais). Depois de ter vencido 10 dos 14 primeiros games da partida, James Blake abriu 6/3 e 4/1 e parecia caminhar para um triunfo sem sustos.
Foi então que o espanhol, ex-número um do ranking de entradas, começou a fazer a diferença. Empurrado por 10 mil torcedores, conseguiu empatar o set em 4/4 antes de virar e fechar em 5/7.
A reação, porém, parou por aí. Na parcial decisiva, só deu Blake, que fechou o jogo com um 6/1 seguro e garantiu a terceira vitória consecutiva contra Carlos Moyá. Porém, em confrontos diretos, a vantagem ainda é do espanhol: 5 x 4.
Antes de Blake, apenas dois tenistas tinham conquistado o bi no torneio de Sydney, disputado desde 75. Lleyton Hewitt conseguiu o feito duas vezes, em 2000 e 2001 e 2004 e 2005, enquanto Pete Sampras abriu a série em 93 e 94. O feito não passou incólume pelo quinto melhor tenista da ATP na atualidade.
“Ele queria vencer, eu queria vencer. Isso é importante para nós”, disse Blake. “Certamente, eu gostaria de voltar aqui. Se eu consegui o título três vezes, vou poder falar aos meus filhos que eu fui melhor do que Pete Sampras e Lleyton Hewitt em alguma coisa”, completou, em tom de brincadeira.
Moyá, que já havia ficado com o vice em Sydney em 97 e 2004, perdendo para Tim Henman e Lleyton Hewitt, comemorou o bom desempenho mostrado no segundo set. “Provavelmente, se não se tratasse de um dos cinco melhores do mundo, talvez aquilo tivesse afetado seu psicológico. Mas ele nem se alterou e continuou jogando em alto nível.”
Foi o nono título da carreira de Blake como profissional. Em 2006, ele viveu sua melhor temporada, faturando os canecos de Bangcoc, Indianápolis, Las Vegas e Estocolmo, além de Sydney.
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