A Tennis Australia, órgão responsável pela organização do Aberto da Austrália, informou que contratará um consultor de segurança para garantir que o primeiro Grand Slam do ano não seja manchado pela manipulação de resultados, problema que nos últimos tempos tem sido uma das principais pedras no sapato deste esporte.
“Estas medidas são feitas para garantir a integridade do tênis e a prevenção de apostas ilegais”, disse o chefe executivo da Tennis Australia, Steve Wood. “Esta revisão de padrão de segurança mostrará possíveis vulnerabilidades”, completou.
Os casos de manipulação de resultados têm aparecido em considerável quantidade nos últimos tempos. Tenistas como o escocês Andy Murray, o francês Arnaud Clement e os brasileiros Flavio Saretta e Marcos Daniel tiveram seus nomes ligados a esquemas de apostas ilegais. O caso mais famoso foi a polêmica eliminação do russo Nikolay Davydenko, número quatro do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), no último mês de agosto, no torneio de Sopot, na Polônia.
Embora fosse o favorito para vencer o argentino Martin Vassalo-Arguello, o russo disse adeus ao torneio ao desistir da partida no terceiro set. Coincidência ou não, as apostas em torno da vitória do sul-americano na casa de apostas Betfair foram altíssimas, coisa que chamou a atenção da Federação Internacional de Tênis (ITF), que instalou uma investigação que ainda está em trâmite.