A Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) recusou o pedido da Federação Asiática de Tênis (ATF) para que 25% das vagas em cada competição de primeiro nível realizada na Ásia fossem reservadas para atletas do continente.
“Nós temos regras baseadas em mérito e não planejamos mudá-las”, declarou Brad Drewett, delegado da ATP. “Nós sempre damos quatro convites e esse sistema tem funcionado bem por muito tempo. É justo, é um sistema integrado. Pode ter alguma flexibilidade, mas vai continuar desse jeito”, acrescentou.
Atualmente são disputados cinco torneios de primeiro nível na Ásia, além da Masters Cup que reúne os oito melhores tenistas da temporada em Xangai, e o continente conta com apenas um top 100 no ranking mundial: o sul-coreano Hyung-Taik Lee.
A ATF, que também teve negada a solicitação para que os torneios da categoria challenger fossem disputados exclusivamente por asiáticos, ameaça até romper com a ATP e organizar seu próprio circuito.
“O que eles estão fazendo para o tênis da Ásia? Que tipo de desenvolvimento é esse? Temos o dinheiro e temos uma grande população. Se fizermos um pacto, podemos conseguir sozinhos”, esbravejou Chaiyapak Siriwat, vice-presidente da ATF. “Todos na Ásia olham para o Aberto da Austrália como o Grand Slam deles, mas nós temos apenas um convite lá”, lamentou.