“Esta é minha hora. Espero que o domínio se estenda por muito tempo ainda”, disse o número um do mundo, que também vê problemas em ser o melhor. “É difícil manter o nível. Neste ano tive que jogar mais de 90 ótimas partidas, então é algo que te consome muito”, explicou.
“Viajar sempre é duro também, mas espero que pelo menos me mantenha com saúde no ano que vem. Definitivamente tenho boas chances de jogar bem novamente, mas vamos ver se alguém novo chega ou se simplesmente não consigo manter o mesmo nível. Espero que sim. Estou bastante ansioso por este novo desafio”, completou Federer.
Neste domingo, o tenista conquistou seu 12º título de 2006 ao vencer de forma incontestável o Masters de Xangai, que reuniu os oitos melhores da temporada. Depois de um início ruim, em que levou sustos de David Nalbandian e Andy Roddick, passeou contra todos os adversários, principalmente na final, contra James Blake.
Além do Masters, Federer venceu três Grand Slam pela segunda vez em um ano (Aberto da Austrália, Wimbledon e Aberto dos EUA), chegou à final de Roland Garros pela primeira vez e conquistou quatro Masters Series (Indian Wells, Miami, Toronto e Madri), além de ficar com o vice em outros dois. Foi ainda campeão de quatro torneios ATP e só não chegou à final de um evento que disputou (Cincinnati).
Por tudo isso, terminou a Corrida dos Campeões com incríveis 1.674 pontos e o ranking de entradas com 8.370, recordes impressionantes. Em prêmios, faturou quase US$ 8,5 milhões e superou o antigo recorde, de quase US$ 6,5 milhões, de Pete Sampras, em 1997.
Ciente da superiordade, Federer ainda admite que precisa melhorar em certos fundamentos para conquistar outros objetivos, como os títulos em Roland Garros e nos três Masters Series que ainda lhe faltam (Paris, Roma e Monte Carlo). “Estou tentando melhorar meu winner de forehand e ser sempre mais agressivo. Mas estou feliz com a evolução”, afirmou.
Sobre possíveis rivais novos rivais, além, claro, de Rafael Nadal, tenista que o venceu quatro vezes nesta temporada, Federer cita Richard Gasquet, Tomas Berdych, Novak Djokovic e Gael Monfils, mas faz ressalvas. “Eles estão entre dar um salto e ainda serem promessas. Talvez precisem de mais um ano. Mas obviamente o mais forte concorrente ainda é o Nadal”.
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