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Bem Estar

Volta às aulas: veja como ajudar crianças e adolescentes a retomarem a rotina

“Como é um retorno, uma quebra de meio do ano, é tudo um recomeço, o retomar as atividades, a reorganização de horários, a readaptação”

Redação Jornal de Brasília

28/07/2025 9h55

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Foto: Divulgação

Com o fim das férias escolares de julho, estudantes de todas as idades se deparam com o desafio de retomar a rotina de estudos. Ao contrário do início do ano letivo, quando há a expectativa do novo, o retorno após o recesso do meio do ano exige uma readaptação mais cuidadosa, tanto do ponto de vista prático quanto emocional.

“Os principais desafios que os alunos enfrentam na volta às aulas é que, como é um retorno, uma quebra de meio do ano, é tudo um recomeço, o retomar as atividades, a reorganização de horários, a readaptação”, explica Alinne Rios, especialista em Educação da FourC Bilingual Academy.

Segundo ela, é comum que crianças e adolescentes enfrentem sentimentos como ansiedade, desmotivação ou insegurança, especialmente aqueles que têm dificuldades de socialização ou que não se sentem tão à vontade no ambiente escolar.

Para tornar esse recomeço mais leve, o apoio de educadores e famílias é essencial. “Não existe um botãozinho que a gente aperta e volta ao ‘normal’. Isso precisa ser acompanhado por algumas atividades que ajudem a aquecer de novo o cérebro da criança”, reforça.

A especialista lista, a seguir, cinco estratégias práticas para ajudar os alunos a se reequilibrarem emocionalmente e a retomarem o ritmo com mais tranquilidade:

1. Antecipe a retomada da rotina

Ajustar o relógio biológico antes do retorno às aulas pode evitar o estresse nos primeiros dias. Isso inclui regular o horário de dormir e acordar gradualmente, além de restabelecer hábitos alimentares. ““Talvez seja importante dar uma regulada no sono, ir dormir meia hora mais cedo por dia para acordar meia hora mais cedo, restabelecendo a rotina”, sugere Alinne.

“Se a alimentação ficou um pouco descuidada nesse período, já é hora de voltar aos hábitos anteriores. No horário do almoço, vamos todos almoçar; horário de café da manhã, vamos tomar um café da manhã, na hora de jantar a mesma coisa.”

2. Organize os materiais escolares junto com a criança

Fazer uma revisão dos uniformes, mochilas e cadernos pode ajudar a criar uma sensação de preparo e segurança. “Vamos olhar os uniformes, os materiais da escola, verificar se os cadernos estão em boas condições… É importante organizar tudo que veio da escola para casa para um retorno tranquilo”, diz a educadora.

3. Crie espaços de escuta ativa na escola

Mais do que revisar conteúdos, o início do segundo semestre pode ser uma oportunidade para ouvir os alunos. “Ao invés de só fazer aquela redação ‘o que eu fiz nas férias’, nós, como professores, podemos ouvir do aluno expectativas para esse novo recomeço, saber como foram as férias e como eles se sentem nesse retorno às aulas sem julgamento”, reforça.

4. Evite cobranças excessivas nos primeiros dias

Um retorno mais gradual ajuda a reduzir a sobrecarga emocional. “A gente precisa garantir que os horários e todas as outras responsabilidades sejam cumpridas, mas isso não deve se tornar um peso e nem algo punitivo inicialmente”, diz.

5. Reforce os vínculos sociais

A escola continua sendo um espaço fundamental de convivência, especialmente em tempos de interações cada vez mais virtuais. Por isso, incentivar a socialização, os reencontros e atividades em grupo pode tornar a volta mais atrativa. “A escola talvez ainda seja o único lugar para algumas crianças de socialização. Então, incentivar os reencontros, o convívio e atividades em grupo é fundamental para que todos se conheçam e se respeitem.”, conclui a educadora.

Ao compreender que o retorno às aulas vai além do aspecto acadêmico, famílias e educadores podem colaborar para que esse período seja não apenas produtivo, mas também emocionalmente saudável para todos os estudantes.

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