Um breve cochilo pode ser suficiente para transformar o rendimento ao longo do dia. É o que indica um estudo conduzido pela Universidade de Hamburgo, na Alemanha. A pesquisa avaliou voluntários parcialmente privados de sono e comparou o desempenho antes e depois de um descanso de 20 minutos. Os que atingiram o sono leve mais profundo — conhecido como estágio 2 — tiveram um índice de acerto de 86% em testes de identificação de padrões, contra 50% dos que permaneceram acordados ou dormiram superficialmente.
De acordo com especialistas, esse período de descanso é capaz de reorganizar conexões cerebrais, favorecendo a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Além disso, melhora o foco, a memória, o raciocínio lógico e a tomada de decisões. Há também benefícios emocionais e físicos: a prática pode reduzir níveis de estresse, equilibrar batimentos cardíacos, melhorar o humor e até proteger a saúde do cérebro, prevenindo o envelhecimento cognitivo.
O chamado power nap é mais eficaz quando realizado entre 13h e 16h, especialmente após o almoço. Nessa faixa horária, a queda natural de energia facilita o adormecer e potencializa os efeitos do descanso. Cochilos acima de 30 minutos, no entanto, podem provocar sonolência prolongada e interferir no sono da noite. Para aproveitar ao máximo, especialistas recomendam criar um ambiente silencioso, confortável e com pouca luz, além de usar um alarme para garantir que a pausa não ultrapasse o tempo ideal.