Menu
TV/Streaming

Pamela Anderson renasce em “A Última Showgirl” e revela sua força além dos rótulos

Com o lançamento de A Última Showgirl, Pamela Anderson deixa de vez os rótulos que a perseguiram por décadas

Alexya Lemos

12/09/2025 5h00

the last showgirl

A Última Showgirl. – Foto: Divulgação

Pamela Anderson está de volta aos holofotes, agora no drama e numa obra quase autobiográfica pelos olhos de Gia Coppola. Conhecida mundialmente como a icônica salva-vidas de Baywatch e por décadas reduzida a estereótipos construídos em cima de sua aparência e vida pessoal conturbada, a atriz canadense estreia neste final de semana a obra A Última Showgirl na plataforma de streaming HBO, filme que marca uma virada poderosa em sua carreira.

Durante anos, sua imagem pública foi moldada por tabloides, sex tapes vazadas e uma sucessão de relacionamentos expostos. Mas, nos últimos anos, Pamela tem se revelado com mais autenticidade do que nunca, seja no documentário íntimo Pamela, a Love Story, no reality O Paraíso de Pâmela, ou agora neste novo papel dramático. Longe da caricatura que a mídia sustentou por tanto tempo, ela mostra que ainda tem muito a dizer.

Confira a seguir seis títulos que ajudam a entender quem é Pamela Anderson além da imagem construída sobre ela:

The Last Showgirl 

Pamela Anderson interpreta Shelly, uma showgirl de Las Vegas que durante 30 anos brilha num espetáculo glamouroso. Mas quando o diretor do show anuncia que vai fechar tudo em duas semanas, Shelly é obrigada a encarar o fim de uma era: lidar com a incerteza profissional, tentar reconstruir laços com sua filha distante e repensar quem ela é fora dos holofotes. 

O destaque da trama é a performance de Anderson, que traz uma vulnerabilidade rara e quase autobiográfica para o papel. Também vale observar a direção minuciosa de Gia Coppola, a construção visual, o figurino, a ambientação de Las Vegas como metáfora da juventude, do sucesso e do declínio, tudo isso com  uma narrativa interna sobre identidade e envelhecimento.

Onde assistir: HBO

Pam & Tommy 

A série é muito relevante para quem quer entender uma parte central da história pessoal da atriz, apesar de ser contada sem o apoio Pamela. A trama reconta o furto e divulgação da fita íntima que ela gravou com o marido da época, como foi roubada de sua casa por um empreiteiro descontente, como isso virou um fenômeno global e mudou a sua vida.

O ponto forte da série é mostrar o impacto humano, não só o escândalo em si: como isso mexeu com reputações, mídia sensacionalista, relações pessoais, o peso psicológico para Pamela, Tommy Lee, etc. A produção foi muito elogiada, principalmente pela caracterização dos atores principais, Sebastian Stan e Lily James, que estão quase irreconhecíveis.

Onde assistir: Disney+

Pamela, a Love Story 

Se quiser entender quem é Pamela além da “imagem pública”, esse doc é o ponto de partida. Aqui, ela mesma narra sua trajetória, quase como uma resposta ao “Pam e Tommy”. A acompanhamos desde pequena no interior canadense até virar símbolo pop nos anos 90, seus relacionamentos complicados, o escândalo da famosa sex tape, e muito daquilo que a mídia explorou ou distorceu.

O que chama atenção nesse documentário é como ele permite ver os bastidores, com honestidade difícil de encontrar em materiais que só “vendem imagem”, mas não conteúdo verídico. Não é só sobre glamour, é sobre vulnerabilidade, erro, mídia, fama, pressão, estar no olho do furacão. Para quem nunca viu, ele ajuda a humanizar Pamela e compreender por que ela se tornou figura tão polarizadora.

Onde assistir: Netflix

Barb Wire

Aqui temos um filme mais “cult” da fase antiga da carreira dela, muito ligado àquelas produções com visual forte, apelo de ação, fantasia e sensualidade juntas. Pamela interpreta Barb Wire, que é dona de uma boate num futuro distópico (uma Segunda Guerra Civil Americana), mercenária, durona, com estilo visual de HQ. Quando sua ex-amante, agora casada, aparece em apuros, Barb se vê envolvida num enredo de conspiração, governo opressor, armas biológicas, etc. 

O filme é longe de ser “clássico” no sentido crítico, mas tem seu charme com visual exagerado, e é exatamente essa mistura de ação e estética anos 90 que o tornam interessante para quem curte ver como Pamela afrontava o status de sex symbol, ou enfrentava projetos que misturavam persona de mito sexual com personagens que exigiam algo mais além disso. Dá pra ver também como esse tipo de papel ajudou a construir a imagem pública dela — tanto para bem quanto para mal.

Onde assistir: Prime Video 

Baywatch 

Se você nunca ouviu falar, Baywatch é provavelmente a série mais icônica da carreira de Pamela Anderson. Ela entrou no elenco em 1992 como C.J. Parker, uma salva-vidas de Malibu com aquele famoso maiô vermelho que virou símbolo de uma geração. A série acompanha a rotina de uma equipe de salva-vidas enfrentando resgates dramáticos no mar e dilemas pessoais.

Pamela ficou por cinco temporadas e ajudou a elevar Baywatch ao patamar de “série mais assistida do mundo” nos anos 90, com mais de 1 bilhão de telespectadores em cerca de 140 países. Sua personagem, C.J., era carismática e gentil, com uma presença tão forte que virou quase sinônimo da série. E embora Baywatch fosse muitas vezes criticada por sua estética “slow motion” e foco no apelo físico dos personagens, também trouxe discussões (ainda que leves) sobre meio ambiente, segurança e relações humanas. 

Onde assistir: Prime Video

O Paraíso de Pâmela 

Já para quem conhecer um lado totalmente novo de Pamela, esse reality é a escolha certa. Aqui, ela deixa a agitação de Hollywood para trás, volta para suas raízes na costa da Ilha de Vancouver (Canadá), e mergulha num projeto grande de restauração da propriedade que herdou da avó. A ideia é mostrar tanto o processo prático da restauração (obras, reformas, desafios climáticos, manutenção etc.) quanto mostrar Pamela em contato mais direto com uma vida menos glamourosa. 

Os destaques estão no contraste: de um lado, a imagem pública dela como símbolo pop, com toda a fama, mídia, escândalos etc.; de outro, a Pamela mais envolvida no concreto, cuidando de detalhes, enfrentando imprevistos. É interessante também ver como ela lida com nostalgia, com família, com herança, e como a natureza do ambiente influencia essas reflexões de identidade.

Onde assistir: Globoplay e Hulu

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado