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Mesmo toda arrumadinha, tenho cara de pobre para as pessoas, diz Regina Casé

Em entrevista à Folha, atriz reflete sobre as personagens ao longo da carreira e retorna com sitcom ‘Tô Nessa!’

Redação Jornal de Brasília

11/10/2024 19h09

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Foto: Ricardo Borges/Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Mais de três décadas afastada da comédia, Regina Casé retorna com a sitcom “Tô Nessa!”, que chega à TV Globo no próximo domingo (13), seguindo o Fantástico.

Com a saída do ator Marcius Melhem, a empreitada com a atriz é um dos projetos pensados pela emissora para reanimar a sua produção humorística.

A série é a primeira produção de um núcleo criativo, com o foco em comédia, criado em junho pela Globo.

“A gente estava com saudade de humor, e o público também”, diz Casé em entrevista à reportagem.

Em “Tô Nessa”, ela vive Miranda, a matriarca de uma família que está afundada em problemas financeiros.

O programa foi criado em parceria entre a artista e o roteirista Jorge Furtado.

Inspirado em outros programas “A Grande Família” e “Toma Lá, Dá Cá”, incluindo inclusive uma plateia ao vivo, conforme utilizado pelo aclamado humorístico “Sai de Baixo”, grande sucesso da Globo.

Diferente de certas tradições deixadas por produções antigas, Casé se orgulha do distanciamento entre a nova série e o humor ofensivo.

Na entrevista, a artista ainda colocou os seus papéis em perspectiva.

Ela já interpretou algumas empregadas domésticas, como é o caso de sua protagonista no aclamado longa de Anna Muylaert, “Que Horas Ela Volta?”, e disse acreditar que esses papéis vieram a ela em função de sua aparência.

“Mesmo toda arrumadinha assim, eu tenho cara de pobre para as pessoas”, diz Casé. “Isso está um pouco mais diluído, mas antigamente tinha que ser loira e de olhos azuis para protagonizar novela.”

Com 70 anos, Casé vê que o tempo lhe ajudou a se libertar ao longo de sua carreira, permitindo que a artista desenvolvesse novos tipos de personagem.

“Meus melhores papéis vieram com a idade. Uma pessoa mais velha não precisa ter aquela cara de mocinha. Ela pode ser como eu sou.”

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