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A máfia é um assunto muito interessante mesmo, diz ator de ‘Família Soprano’

Ele assistiu aos três filmes da franquia “O Poderoso Chefão” na despedida de 2024 e diz ter renovado a sensação de que trata-se de uma verdadeira obra-prima

Redação Jornal de Brasília

24/01/2025 15h55

michael imperioli de familia sopranos

Foto: Reprodução

MARIA PAULA GIACOMELLI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

No finalzinho do ano passado, Michael Imperioli relembrou algumas produções marcantes sobre a máfia italiana ao lado dos pais. Ele assistiu aos três filmes da franquia “O Poderoso Chefão” na despedida de 2024 e diz ter renovado a sensação de que trata-se de uma verdadeira obra-prima.

Não que o assunto seja novidade para ele. Na verdade, nem um pouco. Imperioli, 58, é mais conhecido por atuar em “Os Bons Companheiros” (1990) e “Família Soprano” (1999-2007) -ele ganhou o Emmy de melhor ator coadjuvante em 2004 pela interpretação de Christopher Moltisanti na produção. Mais recentemente, esteve na segunda temporada de “The White Lotus” como o produtor de Hollywood Dominic Di Grasso.

“Como ítalo-americano, você sempre tem que estar ciente de que pode ser escalado para papéis de mafioso”, conta ele à reportagem. Agora, ele sai da função de ator para ser produtor em uma nova série sobre a máfia italiana.

Em “Poderosos Chefões: As Cinco Famílias da Máfia”, que estreia no sábado (25) no canal History, ele se aprofunda na origem, ascensão e queda das cinco grandes famílias de gângsteres de Nova York: Bonanno, Colombo, Gambino, Genovese e Lucchese.

Ao longo dos três episódios, serão exibidas gravações de áudio de chefes da máfia, entrevistas com agentes da lei e do FBI e ex-membros de algumas gangues.

A minissérie é baseada no livro “Cinco famílias: a ascensão, o declínio e o ressurgimento dos impérios mafiosos mais poderosos da América”, de Selwyn Raab. O ator afirma que o assunto desperta fascínio, “inclusive em pessoas de 20 anos”, porque aborda sociedades secretas, rituais e códigos de conduta próprios, além de senso de honra e regras.

“Falar sobre a máfia sem alertar para as consequências é irresponsável. Violência, criminalidade, desejo de poder, amor e traições, tudo isso coexiste.” Imperioli é de uma família italiana que imigrou para Nova York.

Durante a entrevista, o artista conta que assistiu ao primeiro filme de “O Poderoso Chefão” (1970) quando era criança, ao lado da avó. Segundo ele, a matriarca percebeu conexões entre a produção e a imigração da família, com alguns parentes envolvidos na violência. O artista mesmo diz ter fascínio em como a figura do imigrante se transforma para a de um mafioso e como tudo cresce a partir disso.

“A máfia tem também uma questão cultural. Não apoio nada criminoso e violento, mas o poder dessas pessoas e o jeito que guardam segredos e criam essas famílias…sempre foi algo que me senti compelido a aprender mais e assistir”, diz. “Sempre achei curiosas aquelas primeiras histórias de imigração e de tentativa de sobreviver aqui.”

“‘Sopranos’ mostrou que essas pessoas têm vidas normais, vão a academias, restaurantes, humanizou a máfia, ao mesmo tempo que conta histórias terríveis”, afirma. “É reflexo do mundo porque mostra as consequências desse estilo de vida, da criminalidade, pessoas morrendo, perdendo tudo o que é importante para elas.”

Para ele, parte do fascínio do público vem do carisma dos ítalo-americanos, formado pelo ótimo senso de humor, aparência e vestuário. “Italianos são pessoas fascinantes, por isso que essas histórias continuam a ser contadas. Quem gosta de ‘Poderoso Chefão’ e ‘Companheiros’ vai agora saber a história por trás.”

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