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Relação turbulenta entre irmãos é tema do curta “Redenção”

O ator Bernardo Felinto relata que o tempo de gravação foi de 7 dias, mas o projeto demorou um ano para ficar pronto

Redação Jornal de Brasília

28/10/2021 18h20

Foto: Mario Miranda

Gabriel Romeiro e João Victor Canizares
(Jornal de Brasília / Agência de Notícias UniCEUB)

O curta-metragem “Redenção” conta a história problemática de dois irmãos, Erick e Bento. Erick é um jovem de 30 anos que depende emocionalmente do irmão mais velho Bento, que enfrenta uma grave crise no casamento com Clarissa, personagem de Rebeca Reis. Clarissa é uma das peças chaves da trama, que tenta ressignificar sua vida. Ao longo da produção, ela se torna uma personagem frágil, o que gera uma série de acontecimentos ao longo do curta.

“O processo de escrita foi algo natural, angustiante e uma necessidade que eu tinha de falar sobre essa temática, sempre admirei essa relação de irmandade, sendo amigos ou irmãos. Uma das coisas que me motivou também a tratar disso, foi o meu interesse na quebra dessa irmandade por conta de uma traição”, declara o ator.

O ator Bernardo Felinto relata que o tempo de gravação foi de 7 dias, mas o projeto demorou um ano para ficar pronto, pois precisou adaptar o roteiro. “Esse filme é um projeto antigo. Era um longa metragem e optamos por fazer em formato de curta por ser mais fácil de trabalhar. O processo de pré-produção demora pois é preciso observar a logística, o local de gravação e preparação do elenco. Ao final das gravações, ainda é preciso que o filme passe pela edição, finalização e design de som, que são processos longos”, declarou.

Pandemia

Bernardo Felinto acrescenta que houve dificuldades na preparação antes das gravações, ele afirma que não foi fácil ficar “parado” antes da pandemia.

“Quando surgiu a ideia de fazermos o curta- metragem, foi algo que me animou muito e junto a isso vieram as dificuldades da pandemia. Não é fácil fazer cinema nas condições da pandemia, a gente precisou colocar dinheiro do nosso próprio bolso. Fizemos uma adaptação em que trabalhamos com uma equipe reduzida: das 20 pessoas da equipe, usamos apenas sete, uma pessoa tinha mais de uma função. Fazíamos testes de covid de dois em dois dias e dentro do set, trabalhávamos com um protocolo de segurança”.

Bernardo fala sobre a escolha de que o curta-metragem não dialogasse com o período da pandemia: “A gente não quis tratar esse contexto na nossa produção, é como se a pandemia não existisse no período do filme. Queremos que o curta faça uma carreira longa, pode ser que daqui a dois anos a pandemia não esteja mais entre nós”.

Bernardo Felinto comentou que o período em que as atividades presenciais estavam paralisadas interferiu na maneira como trabalha e disse que teve que se adaptar ao novo modelo, com aulas online de seu curso de teatro. “O novo modelo é complicado, pois um curso de teatro exige muito contato físico”, explica. Ele acrescenta ainda que a dinâmica nos sets de filmagem mudou completamente, alguns testes são feitos de maneira online, algo que, segundo ele, deve permanecer após a pandemia, pela praticidade.

Bernardo diz que gosta da experiência de trabalhar em Brasília, pelo sentimento de estar em casa e intimidade com o elenco e diretor. Ele conta que sua parceria com Kleber Macedo começou em seu canal do YouTube “Só um minuto” e que nos bastidores eles criaram uma relação de amizade.

Bernardo Felinto fala a respeito da temática da produção envolvendo a relação de dois irmãos. “O processo de escrita é semelhante aos processos dos meus filmes anteriores que geralmente é solitário, dolorido e angustiante. Pra mim, escrever é uma terapia onde eu coloco meus demônios pra fora, meus sentimentos e eu me expresso através da arte, de coisas que eu já vivi. Esses filmes tem muito do meu lado pessoal, eu vou criando conflitos, vou colocando uma lente de aumento nos momentos que acho importante. “

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